A FDA (Food and Drug Administration) aprovou nesta terça-feira (2) o donanemab, um anticorpo monoclonal desenvolvido pela Eli Lilly para retardar a progressão da doença de Alzheimer em estágios iniciais. Comercializado como Kisunla, o medicamento atua removendo placas amiloides no cérebro, uma característica marcante da doença.
Leia também: Casa do Pão de Queijo pede recuperação judicial, com dívida de R$ 57 milhões
Como Funciona o Donanemab
Donanemab é projetado para retardar a progressão do Alzheimer, permitindo que os pacientes mantenham sua independência e participem de atividades diárias por mais tempo. Ensaios clínicos mostraram que o medicamento pode reduzir o risco de progressão da doença em até 35% ao longo de um ano e meio, comparado ao placebo. Embora não seja uma cura, esta abordagem pode ser uma mudança significativa na gestão do Alzheimer.
Custo e Acessibilidade
O tratamento com Kisunla custa aproximadamente R$ 181 mil por ano, mas a Eli Lilly acredita que a detecção precoce e o tratamento antecipado podem reduzir os custos a longo prazo. “A cada ano, mais e mais pessoas correm o risco de contrair esta doença e estamos determinados a tornar a vida melhor para elas”, disse Anne White, vice-presidente executiva da Lilly Neuroscience.
Receba nossas notícias em tempo real no whatsapp
Riscos e Precauções
Embora o donanemab tenha demonstrado eficácia, há riscos associados ao tratamento. Durante os ensaios clínicos, alguns pacientes apresentaram micro-hemorragias cerebrais, conhecidas como ARIA, o que levou à adição de ressonâncias magnéticas antes da administração da segunda dose para detectar casos assintomáticos.
Importância da Aprovação
Com a aprovação, donanemab se junta a outros tratamentos como Leqembi e Aduhelm, oferecendo mais opções para pacientes e médicos. A Associação de Alzheimer comemorou a decisão, destacando a importância de ter múltiplas opções de tratamento para essa doença devastadora.
Siga a gente no Google News para mais atualizações sobre avanços no tratamento do Alzheimer.