A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a Operação Second Place, mirando um cidadão mexicano suspeito de liderar um sofisticado esquema fraudulento no Brasil.
Batizada como Operação Second Place, a ação é desdobramento da Operação Technikós, iniciada em setembro de 2022. A investigação revelou que o principal suspeito, residente no Brasil, se autointitulava representante oficial da icônica marca de carros italianos, Lamborghini.
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Além de comercializar produtos da marca, o empresário, identificado como Jorge Antonio Fernández Garcia, também estava envolvido na concepção de uma criptomoeda associada à empresa. O esquema se estendia a práticas ilegais, incluindo pirâmides financeiras e movimentações de capital sem autorização dos órgãos reguladores.
Jorge Antonio chegou a divulgar planos para estabelecer uma fábrica da Lamborghini em Santa Catarina, tendo inclusive se reunido com autoridades estaduais em 2021 para discutir a proposta. No entanto, os registros desse encontro foram removidos após a descoberta da fraude.
O empresário já possui condenação nos Estados Unidos por falsificação de contrato e assinatura, com uma pena de US$ 6 milhões. Considerado foragido pela PF, ele enfrenta uma série de acusações que podem resultar em até 21 anos de prisão, incluindo associação criminosa, estelionato e evasão de divisas.
Nesta operação, a PF cumpre mandados em cinco cidades, além de solicitar o bloqueio de bens de nove pessoas físicas e seis empresas envolvidas no esquema.
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