Haddad foge do tema sobre meta fiscal: Bolsa cai e dólar sobe

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A Bolsa de Valores caiu 0,56%, chegando a 112.659 pontos, e o dólar aumentou para R$ 5,04, enquanto os juros futuros (DIs) continuaram subindo.

Essas mudanças nos indicadores foram desencadeadas após uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira (30/10), na qual ele evitou abordar diretamente questões sobre a manutenção, pelo governo, da meta de eliminar o déficit fiscal em 2024.

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Questionado sobre a possibilidade de alteração da meta fiscal de 2024, o ministro Haddad não respondeu diretamente à pergunta.

“A minha meta está estabelecida. Vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias para que tenhamos um país melhor”, declarou o ministro.

Na sexta-feira passada (27/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, durante uma reunião com jornalistas, que é “muito improvável” que o governo alcance a meta de eliminar o déficit no próximo ano, uma meta estabelecida pelo próprio governo.

Apesar de não responder diretamente a perguntas sobre o assunto, Haddad afirmou na segunda-feira que não há “nenhuma falta de compromisso” por parte do presidente Lula em relação ao objetivo de equilíbrio fiscal do país. No entanto, o mercado reagiu negativamente, resultando em uma piora dos indicadores.

A Bolsa, antes da entrevista do ministro, estava em alta. Lula disse que está ciente da “vontade” de Haddad, mas destacou que um déficit entre 0,25% e 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) seria “insignificante”.

“Eu sei da vontade de Haddad, sei da minha disposição. Devo dizer para vocês que dificilmente chegaremos à meta zero, pois não quero cortar investimentos em obras. Se o Brasil tiver um déficit de 0,5% (do PIB), o que isso significa? E se for de 0,25%, o que representa? Nada. Absolutamente nada. Assim, tomaremos a decisão correta e faremos o que for melhor para o Brasil.”

Para eliminar o déficit primário no próximo ano, o governo precisa de R$ 168 bilhões em receitas brutas adicionais, muitas das quais ainda dependem da aprovação de projetos pelo Congresso Nacional.

Débora Carvalho
Débora Carvalho

Uma apaixonada por histórias e uma contadora nata. Com base em Belo Horizonte, curso Jornalismo e alimento minha curiosidade incessante por notícias e cultura pop. Se você procura uma abordagem vibrante e envolvente, está no lugar certo!

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