Greve de Ônibus em São Paulo: Sindicato Aprova Paralisação para Sexta-feira (7)

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O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRUSP) aprovou em assembleia, realizada nesta segunda-feira (3), uma greve geral de motoristas e cobradores de ônibus na cidade de São Paulo.

A paralisação está marcada para começar à meia-noite da próxima sexta-feira, 7 de junho.

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De acordo com o sindicato, a greve terá a duração de 24 horas e afetará todo o sistema de transporte público por ônibus da capital paulista. As principais reivindicações incluem um reajuste salarial de 3,69%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um aumento real de 5%, além da reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, estimadas em 2,46%.

O sindicato informou que irá oficializar a paralisação à Prefeitura de São Paulo, à SPTrans e aos demais órgãos competentes, cumprindo os trâmites legais que exigem uma notificação com 72 horas de antecedência.

A Prefeitura de São Paulo, em nota, declarou que irá acompanhar as negociações entre as partes e aguarda um acordo entre trabalhadores e empresários. Em resposta à decisão dos trabalhadores, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) afirmou que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos motoristas ainda não foram concluídas. “É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre a paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, disse a SPUrbanuss.

O sindicato dos motoristas alertou que, caso não haja uma contraproposta ou acordo até sexta-feira, a greve será mantida. Cerca de 4 mil trabalhadores participaram da assembleia que decidiu pela paralisação.

Nota da Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo defende o direito à livre manifestação democrática, desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, incluindo o aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e a manutenção de uma frota mínima em horários de pico para reduzir o impacto sobre a população. O Município destacou a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros que utilizam os ônibus, para que não sejam prejudicados, e informou que o efetivo da GCM estará de prontidão para eventuais ocorrências.

Prefeitura Vai à Justiça para Garantir 80% da Frota de Ônibus no Horário de Pico

O prefeito Ricardo Nunes anunciou que irá à Justiça para garantir o funcionamento de ao menos 80% da frota de ônibus nos horários de pico, caso a greve de sexta-feira ocorra. O sindicato dos trabalhadores do transporte rodoviário urbano reivindica reajuste salarial, aumento real e reposição das perdas salariais da pandemia.

A prefeitura reafirmou o direito à manifestação, mas ressaltou a necessidade de manter a frota mínima de 80% nos horários de pico, devido à natureza essencial do serviço de transporte. O sindicato se comprometeu a cumprir eventual decisão judicial sobre a operação no horário de pico, mas indicou que os ônibus retornarão às garagens após esse período.

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Débora Carvalho
Débora Carvalho

Uma apaixonada por histórias e uma contadora nata. Com base em Belo Horizonte, curso Jornalismo e alimento minha curiosidade incessante por notícias e cultura pop. Se você procura uma abordagem vibrante e envolvente, está no lugar certo!

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