Em um recente destaque publicado na terça-feira (15), o renomado jornal americano The New York Times trouxe Xuxa à luz.
Após as controvérsias e tópicos sensíveis revelados pela artista em seu documentário, “Xuxa – O Documentário“, disponível no Globoplay, a publicação reconhece a influência sem igual que ela exercia sobre a audiência infantil durante o auge de seu sucesso. Além disso, a matéria questiona os padrões de beleza encarnados pela “Rainha dos Baixinhos” naquela época.
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“Muitos, incluindo a própria Xuxa, ponderam se o ideal limitado que ela representava era uma influência positiva no Brasil, uma nação predominantemente habitada por pessoas de cor, envolvida em um debate nacional sobre padrões de beleza e apagamento cultural”, a publicação elabora.
O controverso e revelador documentário de Xuxa no Globoplay aborda imediatamente os padrões de beleza prevalentes nos anos 80 e 90, um período em que ela estava no auge de sua fama como um dos maiores fenômenos da TV.
A própria apresentadora revelou que a busca por novas ‘Paquitas‘, que eram as assistentes de palco de seu programa de TV, envolvia a seleção de meninas brancas, loiras e de olhos claros – aquelas que refletissem a imagem da própria Xuxa. “Naquela época, eu não via isso como errado. Hoje, sabemos que é errado, não é?”, ela comentou em um dos trechos do episódio.
“Durante seu reinado, que coincidiu com a expansão econômica do Brasil, as taxas de cirurgia plástica dispararam para se tornar algumas das mais altas do mundo. Muitas pessoas passaram por esses procedimentos ainda na adolescência. No entanto, o Brasil e seus guardiões da cultura agora estão abraçando novas definições de beleza, celebrando cabelos cacheados e crespos, corpos curvilíneos e tons de pele mais escuros”, enfatizou o The New York Times.
Enquanto a sociedade reflete sobre percepções passadas de beleza, o documentário de Xuxa despertou conversas cruciais sobre padrões e sua evolução, tornando-a alvo de atenção e introspecção internacional. Essa análise de seu impacto em ideais culturais ocorre em um momento em que o Brasil está reescrevendo sua narrativa de beleza para ser mais inclusiva e representativa de sua população diversificada.