O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, levantou um alerta nesta quarta-feira (31) sobre os riscos de renovar o contrato com a Enel, concessionária de energia cujo acordo está programado até 2028. Em entrevista coletiva, Tarcísio expressou suas preocupações sobre a possibilidade da Enel continuar atuando no estado, ressaltando a falta de investimentos e os constantes apagões, especialmente após eventos climáticos.
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Durante uma reunião com o presidente Lula e os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Silvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos, Tarcísio apresentou suas inquietações em relação ao contrato vigente com a Enel. Ele afirmou que simplesmente prorrogar o contrato com uma empresa que não corresponde e não realiza os investimentos necessários não é uma opção viável.
A Enel ficou sob críticas em novembro do ano passado quando mais de 2 milhões de pessoas ficaram sem energia por cerca de sete dias após um temporal. Desde então, os apagões se tornaram mais frequentes durante períodos de chuva, afetando principalmente a capital do estado.
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Embora reconheça a dificuldade em romper o contrato existente, Tarcísio destacou a importância de garantir uma nova licitação para uma empresa disposta a investir, algo que, segundo ele, a Enel não está fazendo. A empresa preferiu não comentar sobre as declarações do governador.
Tarcísio também cobrou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que tome medidas punitivas contra a Enel. Ele enfatizou a necessidade de um posicionamento firme, sugerindo a abertura de um processo de caducidade.
No ano passado, a concessionária enfrentou uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que recomendou o fim do contrato e o indiciamento de executivos da empresa.