Na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, homologada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), foram revelados os mandantes e os detalhes por trás do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Segundo informações próximas à investigação, Lessa inicialmente relutou em colaborar, mas mudou de posição após ser apontado por Élcio de Queiroz como o executor dos assassinatos. A partir desse ponto, ele concordou em colaborar com as autoridades federais.
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Em seu primeiro depoimento, Lessa forneceu detalhes sobre quem o contratou para realizar o assassinato de Marielle. Ele também revelou informações sobre reuniões que teve com os mandantes antes e depois dos homicídios.
Além de seu próprio envolvimento nos assassinatos, Lessa forneceu evidências sobre quem estava por trás da encomenda dos crimes e explicou as motivações dos mandantes, indicando que fazem parte de um grupo político influente no Rio de Janeiro, com interesses em vários setores do Estado.
O caso foi levado ao STF devido à suspeita de envolvimento de um parlamentar do Congresso Nacional. As diligências continuam em andamento para concluir a investigação e atribuir responsabilidades criminais pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Na segunda-feira (18), Lessa participou de uma videoconferência com um juiz da equipe de Alexandre de Moraes para confirmar os termos de seus depoimentos e revelações feitas durante a investigação. Esse depoimento foi um pré-requisito para a homologação de sua delação premiada.
Ronnie Lessa era policial militar do Rio de Janeiro e foi expulso da corporação devido às investigações do caso Marielle. Ele foi preso em março de 2019 e, na delação de Élcio de Queiroz, foi apontado como autor dos disparos.
Antes de sua carreira na PM, Lessa serviu no Exército e, posteriormente, ingressou na Polícia Civil do Rio de Janeiro. Investigadores acreditam que sua carreira criminosa foi impulsionada a partir desse período, quando teria chamado a atenção de contraventores locais.