O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) foi preso pela Polícia Federal neste domingo (24/3) sob suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Brazão foi colega de Marielle na Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante dois anos, até março de 2018, quando ocorreu o assassinato.
Citado na delação premiada de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, Chiquinho Brazão alegou ter tido um bom convívio com a vereadora durante o período em que dividiram o plenário da Câmara dos Vereadores. O político foi eleito para a Câmara dos Deputados em 2018 e reeleito em 2022, além de ter ocupado a Secretaria Especial de Ação Comunitária na gestão do prefeito Eduardo Paes.
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O nome de Brazão ganhou destaque após seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, ser mencionado no depoimento do miliciano Orlando Curicica sobre o crime à Polícia Federal. Curicica afirmou que participou de um encontro onde se discutiu o assassinato de Marielle Franco, e Domingos Brazão foi apontado como o principal suspeito de ser o autor intelectual dos crimes.
A família Brazão tem sua influência política concentrada em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, historicamente dominada pela milícia. Chiquinho Brazão é investigado por suas relações com milicianos, incluindo reuniões com Cristiano Girão, condenado por chefiar uma milícia na cidade.
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