O Papa Francisco voltou a gerar controvérsia ao usar uma expressão depreciativa em relação à comunidade LGBTQIA+ durante uma reunião nesta terça-feira (11). Segundo a agência de notícias italiana Ansa, o pontífice mencionou um “ar de bichice no Vaticano” ao conversar com bispos romanos.
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Durante o encontro, o Papa utilizou o termo “frociaggine”, uma expressão vulgar italiana traduzida como “bichice” ou “viadagem”. Francisco defendeu que jovens com tendências homossexuais não deveriam ser permitidos em seminários, reafirmando uma posição que já havia tomado no final de maio, quando aconselhou bispos italianos a evitar a aceitação de padres abertamente gays.
Após a repercussão negativa, o Papa pediu desculpas. O porta-voz do Vaticano afirmou que Francisco nunca teve a intenção de ofender ou utilizar termos homofóbicos. Em resposta a novas perguntas sobre o uso do termo, o Vaticano emitiu um comunicado reforçando a necessidade de acolher pessoas homossexuais na Igreja, mas com cautela em relação à sua entrada em seminários.
Nos 11 anos de seu papado, Papa Francisco já fez várias declarações progressistas em relação à comunidade LGBTQIA+. Em 2013, ele disse: “Se uma pessoa é gay e busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”. No ano passado, ele permitiu que padres abençoassem casais do mesmo sexo, o que provocou reações da ala mais conservadora da Igreja.
Observadores do Vaticano apontam que esses tropeços recentes podem prejudicar a autoridade do Papa, levantando dúvidas sobre suas convicções e o caminho de reformas que ele planeja para a Igreja.
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