Nesta segunda-feira (26), a unidade da Livraria Cultura localizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, encerrou suas operações de forma definitiva, após o Tribunal de Justiça de São Paulo confirmar a declaração de falência em maio.
Na ocasião, o TJ negou o pedido da empresa para reconsiderar o processo, derrubando a liminar anteriormente concedida. De acordo com o juiz Franco de Godoi, ao analisar a situação, fica evidente a inviabilidade econômica do grupo, o que justifica a manutenção da sentença e a revogação da liminar recursal. Diversas dívidas não pagas pela empresa e a ausência de registros adequados do processo de recuperação foram citadas.
A decisão afirma que a falência da empresa, considerando o completo descumprimento do plano de recuperação, tem como objetivo proteger o mercado e a sociedade, além de promover o empreendedorismo e socializar as perdas decorrentes dos riscos empresariais.
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O site da loja não está mais acessível, e nas redes sociais, os frequentadores da icônica livraria expressaram pesar pelo encerramento da loja, que foi inaugurada em 1969 pela proprietária Eva Hertz.
Falência
A renomada rede de livrarias do Brasil, Livraria Cultura, tem enfrentado uma séria crise desde 2015, devido à queda no mercado editorial. Atualmente, a empresa concentra suas atividades principalmente no ambiente digital.
Após mais de quatro anos em um processo de recuperação judicial, o pedido de falência da empresa foi aceito pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível. Em 2020, a Justiça já havia negado uma solicitação de modificação no plano de recuperação, indicando a possibilidade de decretação de falência.
No início de fevereiro, a Justiça de São Paulo oficializou a falência da Livraria Cultura. Quando entrou em recuperação judicial, a empresa já estava enfrentando dificuldades financeiras e relatava uma dívida de R$ 285,4 milhões, principalmente com fornecedores e instituições bancárias.
