Ciro Gomes chama senadora de “assessora de assuntos de cama” de ministro

Polêmica

Apesar de sua derrota para a presidência da República e de seu enfraquecimento político, o ex-senador Ciro Gomes (PDT) permanece em evidência devido às suas declarações polêmicas, muitas delas ofensivas dirigidas a seus oponentes.

O alvo mais recente de seus ataques foi Janaína Farias, segunda suplente de Camilo Santana, ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação. Janaína assumiu temporariamente a vaga de Santana no Senado. Para atingir Santana, Ciro fez comentários pejorativos sobre Janaína, dizendo que ela era a “assessora para assuntos de cama” de Santana.

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“Quem está assumindo o Senado Federal hoje? Sabe qual é o serviço prestado para ir ao lugar de Virgílio Távora, de Tasso Jereissati, de Mauro Benevides, de Patrícia Saboya? Aí vai agora a assessora para assuntos de cama do Camilo Santana”.

Além disso, Ciro comparou Santana ao imperador romano Calígula, conhecido por suas atitudes extravagantes, inclusive nomear um cavalo como senador em Roma. Ciro questionou as qualificações de Janaína para o cargo de senadora, sugerindo que ela só estava na posição devido a serviços pessoais prestados a Santana.

“Esse cara [Calígula] estava tão poderoso que para humilhar o Senado nomeou o próprio cavalo. Mal comparando […] eu pergunto, com todo respeito: qual é a obra, a realização, o preparo, que Janaína tem para ser senadora da República?” E ele mesmo respondeu: “Ela só fez serviço particular do Camilo, e serviço particular, assim, é o harém, são os eunucos, são as meninas do entorno. Ela sempre foi encarregada desse serviço”.

A senadora reagiu afirmando que vai processar Ciro, classificando suas declarações como baixarias e covardia. O diretório estadual do PT também condenou veementemente os comentários de Ciro, chamando-os de “repugnantes e inaceitáveis” e apontando para sua dificuldade em aceitar mulheres no poder.

“É lamentável que esse tipo de agressão a uma mulher ainda persista na política cearense. Mas a baixaria e a covardia parecem ser uma característica na trajetória deste político. Infelizmente, todos sabem que misoginia é uma característica deste senhor”.

Essa não é a primeira vez que Ciro é acusado de fazer declarações machistas. Em 2002, durante sua campanha presidencial, ele fez comentários controversos sobre sua então esposa, a atriz Patrícia Pillar, reduzindo seu papel a algo relacionado apenas ao aspecto sexual.

“A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”.

Diante das críticas e das ameaças de processo, Ciro enfrenta uma onda de rejeição por seus comentários misóginos, o que levanta questões sobre seu posicionamento em relação à igualdade de gênero e à representação feminina na política.

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Débora Carvalho
Débora Carvalho

Uma apaixonada por histórias e uma contadora nata. Com base em Belo Horizonte, curso Jornalismo e alimento minha curiosidade incessante por notícias e cultura pop. Se você procura uma abordagem vibrante e envolvente, está no lugar certo!

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