Na terça-feira, uma série de incêndios irrompeu na pitoresca ilha de Maui, provocando estragos em residências, estabelecimentos comerciais, serviços públicos e impactando a vida de mais de 35.000 pessoas. A Agência de Gerenciamento de Emergências do Havaí emitiu um comunicado destacando a gravidade da situação.
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Esses incêndios vorazes, alimentados por ventos intensos e condições secas, consumiram mais de 800 hectares de terra, conforme informações fornecidas pela agência estadual. O alerta de bandeira vermelha (indicando risco de fogo) foi emitido devido às condições climáticas adversas, abrangendo grande parte do Havaí. Embora o alerta tenha sido suspenso na quarta-feira, novos focos de incêndio persistiram tanto na Ilha Grande quanto em Maui.
As chamas avançaram com rapidez, forçando residentes a tomar medidas desesperadas, inclusive se jogando no oceano em uma tentativa de escapar da ameaça iminente. A cidade de Lahaina, profundamente afetada, testemunhou a destruição ou dano a mais de 270 edifícios. O governador Josh Green expressou a magnitude do desastre, especialmente para a histórica cidade de Lahaina, onde cerca de 12.000 moradores enfrentaram a tragédia, juntamente com a impactante perda para o turismo local.
Vídeos compartilhados nas redes sociais retrataram o horror das chamas engolindo o centro da cidade à beira-mar, envolvendo-a em nuvens de fumaça densa. Fotografias aéreas capturadas por helicópteros e aviões no dia seguinte ofereceram uma visão impactante da destruição: ruas inteiras, casas e edifícios transformados em cinzas.
Com o intuito de preservar a segurança, evacuações de turistas continuam a ocorrer na ilha. Cerca de 600 pessoas foram acomodadas temporariamente no aeroporto durante a noite, aguardando o momento de partir. A estimativa é que mais de 1.500 passageiros deixem Maui no dia atual. Ed Sniffen, representante do departamento de transporte, revelou que mais de 11.000 viajantes já foram resgatados da ilha.
Governador se pronuncia
O governador Josh Green enfatizou a extensão da tragédia, afirmando que o arquipélago sofreu uma “catástrofe terrível”. O número de vítimas fatais é incerto, mas já foram confirmadas seis mortes. As operações de busca e resgate estão em andamento para avaliar o verdadeiro alcance da tragédia.
A infraestrutura foi fortemente afetada, com hospitais sobrecarregados de pacientes queimados e afetados pela fumaça tóxica. A falta de comunicação exacerbou a situação, com linhas de emergência, serviços celulares e telefones inoperantes. Milhares de casas ficaram incomunicáveis, intensificando o desespero e a incerteza entre as pessoas.
O risco de incêndio foi agravado por meses de seca, causando um terço do condado de Maui a experimentar níveis moderados de seca desde agosto. A falta de precipitação durante uma época tipicamente seca do ano foi exacerbada por padrões meteorológicos específicos, possibilitando a rápida propagação dos incêndios.
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A diferença de pressão atmosférica entre uma zona de alta pressão ao norte das ilhas e o furacão Dora, ao sul, criou ventos intensos que impulsionaram o avanço das chamas. Rajadas de até 100 km/h foram reportadas, ampliando o desafio para os bombeiros e equipes de resgate.
A situação é grave e a incerteza paira sobre o destino das pessoas afetadas. A solidariedade da comunidade é evidente, enquanto todos se unem para enfrentar essa crise e ajudar os afetados a se reerguerem diante desta catástrofe devastadora.
