O filho do ex-presidente acabou se exaltou durante a sessão
Um projeto de lei apresentado pela vereadora assassinada Marielle Franco em 2017, que estabelece a obrigação da Prefeitura do Rio de Janeiro de colocar cartazes em locais públicos informando os direitos das mulheres vítimas de violência sexual, está causando polêmica novamente.
A iniciativa tem como objetivo informar a população sobre os direitos das vítimas, incluindo o acesso a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e ao aborto legal.
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No entanto, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, criticou o projeto e chamou-o de “assassino” e “absurdo”. Ele defendeu uma emenda apresentada pelo bolsonarista Rogério Amorim, irmão do deputado Rodrigo Amorim, que propõe a exclusão da parte que fala sobre o aborto legal, deixando apenas a orientação para as mulheres procurarem delegacias.
Na terça-feira (28/3), quando o projeto foi colocado em pauta na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro subiu ao púlpito para atacar a proposta e afirmou que a vereadora assassinada e seus aliados queriam “promover o aborto”.
Essa atitude foi vista como uma provocação pelo presidente da Casa, que decidiu adiar a votação do projeto.
A controvérsia em torno do projeto de lei evidencia a polarização política que se instalou no país nos últimos anos, especialmente em relação a temas como o aborto e a violência contra a mulher.
Enquanto alguns defendem o direito das mulheres de escolherem sobre seu próprio corpo e sua vida, outros acreditam que a vida deve ser protegida desde a concepção, independentemente das circunstâncias.
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É importante ressaltar que o projeto de lei de Marielle Franco não busca promover o aborto, mas sim informar as mulheres vítimas de violência sexual sobre seus direitos e garantias legais, incluindo o acesso ao aborto legal em casos previstos por lei.
A implementação da medida pode contribuir para reduzir os índices de violência contra a mulher e para a garantia de seus direitos.