Um milhão de celulares foram roubados no Brasil em 2022; São Paulo lidera ranking

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A crescente onda de roubos e furtos de celulares tem se tornado uma preocupação constante para a população brasileira. Relatos de vítimas, como o de Júlia, que teve sua bolsa e celular levados por assaltantes em um incidente rápido e amedrontador, demonstram a realidade enfrentada por muitas pessoas nas ruas.

“Fomos abordadas, ameaçadas, falaram ‘entrega a bolsa senão você vai morrer’. E aí levaram a minha bolsa com tudo que eu tinha, inclusive o celular. Em seguida, levaram o da minha mãe. Ela pediu para deixarem os documentos, então eles pegaram o celular, deixaram a bolsa dela no chão e foram embora correndo. Foi tudo muito rápido, nem consegui olhar para a cara deles direito. A região da Tijuca no geral está tendo muito assalto, a zeladora do meu prédio foi roubada há pouco tempo em uma rua próxima a nossa, levaram o celular e o relógio dela também. Todo mundo fala muito da incidência de roubos por ali” — conta Júlia, que voltava de um show quando aconteceu o roubo.

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Segundo dados alarmantes, em todo o Brasil, foram registrados um total de 999.223 casos de roubos e furtos de celulares, somando 508.335 roubos e 490.888 furtos. A liderança desse triste ranking ficou com São Paulo, onde mais de 300 mil aparelhos foram roubados ou furtados, representando 30% do total do país. A Bahia ocupou o segundo lugar, com 83.433 ocorrências, aproximadamente 8% do total.

A análise da quantidade de casos em relação à população local mostra que Amazonas, com 1.015,1 ocorrências por 100 mil habitantes, e o Distrito Federal, com 1.008,3 ocorrências, são as regiões com maior taxa de roubo e furto de celulares. Além disso, destaca-se que a Bahia e o Rio de Janeiro apresentaram o maior aumento em comparação ao ano anterior, com um crescimento de 70,5% e 58,6%, respectivamente.

O ex-secretário nacional de segurança pública, José Vicente, alerta que esses números tendem a aumentar ainda mais. O celular se tornou o objeto mais cobiçado pelos ladrões devido ao seu alto valor no mercado paralelo de objetos de origem criminosa. A facilidade de subtraí-los das pessoas, que muitas vezes os carregam despreocupadamente pelas ruas, contribui para essa alarmante realidade.

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A disponibilidade de um mercado receptivo para celulares suspeitos de origem criminosa incentiva ainda mais a ação dos criminosos. Enquanto a população continuar adquirindo esses produtos sem questionar sua procedência, o problema persistirá. Diante disso, o combate aos roubos e furtos de celulares se torna uma urgente necessidade, visando garantir a segurança e tranquilidade dos cidadãos em todo o país.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

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