Startup Nomad recebe aporte de R$ 300 milhões de empresa que investiu em Nubank e no ChatGPT

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A fintech Nomad, especializada em fornecer contas globais para viajantes, está recebendo o maior investimento do ano em uma startup financeira na América Latina em 2023.

Esse aporte significativo, no valor de US$ 61 milhões, o equivalente a cerca de R$ 300 milhões, é liderado pela Tiger Global Management, uma gestora de investimentos renomada que também investiu em empresas como Nubank e Open AI (a empresa por trás do ChatGPT).

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Além da Tiger Global Management, a rodada de investimento conta com a participação dos atuais investidores da Nomad, que incluem Stripes, Monashees, Spark Capital, Propel, Globo Ventures e Abstract. Com essa captação de recursos, a avaliação de mercado da Nomad atinge a marca de R$ 1,8 bilhão.

A Nomad, que já atende a mais de 1 milhão de clientes, foi fundada por Patrick Sigrist, ex-CEO do iFood até 2015.

“Em 2019, introduzimos a categoria de contas globais no Brasil, um país que ainda está entre os últimos na América Latina em termos de investimento no exterior. Prevemos um movimento significativo nesse sentido, com inúmeras oportunidades, e os maiores beneficiados serão os clientes”, declara Sigrist ao Estadão. No ano anterior, os brasileiros enviaram um recorde de US$ 4,7 bilhões para o exterior.

Investimento e expansão

A nova injeção de capital será usada pela empresa para continuar expandindo sua base de clientes. A Nomad está competindo com outras empresas, como Wise, Revolut e C6 Bank, na oferta de contas em dólares e outras moedas.

Lucas Vargas, CEO da Nomad, enfatiza: “Diferentemente de outras startups que levam mui

to tempo para concretizar seus sonhos, já alcançamos um crescimento notável. Estamos gerando receita e lucro real, com uma margem considerável, e estamos próximos do ponto de equilíbrio financeiro.”

Para Renato Nobile, sócio e gestor da Buena Vista Capital, o mercado de investimento de risco em startups, conhecido como venture capital, está se aquecendo novamente devido à redução das taxas de juros no Brasil neste ano, e a intensificação desse mercado acontecerá ainda mais quando uma queda nas taxas também ocorrer nos Estados Unidos. Segundo Nobile, as fintechs brasileiras estão bem posicionadas para captar recursos, e as contas globais são parte de um movimento que oferece aos consumidores maior poder de escolha sobre suas finanças.

“A oferta de contas internacionais é o início da descentralização das finanças. Os consumidores desejam a flexibilidade de manter contas em reais, dólares ou euros. Isso já representa um passo importante rumo à descentralização”, afirma Nobile.

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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