Duas das principais líderes do setor de moda acessível, Shein e Forever 21, anunciaram uma colaboração estratégica visando expandir sua influência e atrair uma base de consumidores mais diversificada. Ambas as marcas, que contam com uma considerável clientela jovem, são renomadas por disponibilizarem roupas e acessórios a preços acessíveis, como destacado pela CNBC.
No âmbito dessa joint-venture, a Shein irá adquirir aproximadamente um terço da Sparc Group, empresa responsável pela operação da Forever 21. De maneira recíproca, a Sparc também assegurará uma participação minoritária na Shein. No entanto, os detalhes financeiros desse acordo ainda não foram divulgados.
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A CNBC observa que, embora ambas visem ao mesmo público, as empresas adotam abordagens distintas para atender a essa clientela. Enquanto a Shein comercializa seus produtos online, a Forever 21, com sede nos Estados Unidos, é mais notória por suas lojas localizadas em centros comerciais.
A partir de agora, diversos produtos da Forever 21, incluindo vestidos, calçados e outros itens, estarão disponíveis através da plataforma da Shein, que conta com uma base de 150 milhões de usuários. Para a Shein, essa parceria proporcionará uma maior presença nos shoppings dos EUA. A varejista planeja explorar novas abordagens, como a possibilidade de compra nas lojas físicas e a facilidade de processar devoluções, conforme comunicado à imprensa.
Shein explora o ambiente de varejo convencional
A Shein já havia experimentado incursões anteriores no cenário de varejo convencional. A empresa estabeleceu lojas pop-up por períodos limitados em cidades como Dallas e Los Angeles, por exemplo. No Brasil, a varejista também adotou esse modelo, inaugurando uma loja física temporária em São Paulo entre os dias 12 e 16 de novembro do ano passado, no shopping Vila Olímpia. A iniciativa atraiu milhares de clientes e gerou filas de entusiasmo.
O acordo entre a Shein e a Forever 21 surge em um momento em que a empresa chinesa busca se distanciar de críticas contundentes e se preparar para realizar uma oferta pública inicial nos Estados Unidos. Enfrentando reações adversas, como alegações de violação das leis tarifárias de importação dos EUA, impacto ambiental negativo e dependência de mão de obra mal remunerada ou forçada, a Shein refuta categoricamente essas acusações.
Além disso, a empresa buscou romper laços com a China, país de sua origem, transferindo sua sede para Singapura. Essa mudança se deu devido à crescente escrutinação sobre as empresas com vínculos ou sede na China por parte de reguladores e legisladores dos Estados Unidos, situação também vivenciada por outras empresas com ligações estreitas com a China, como o caso do TikTok.