São Paulo tem 581 km de lentidão no trânsito em dia de greve

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A cidade de São Paulo enfrentou um trânsito caótico no início da manhã desta terça-feira (28) devido à greve dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a capital registrou 340 km de filas de veículos às 7h, ultrapassando a média para terças-feiras no mesmo horário, que é de 266 km.

Por volta das 8h30, o congestionamento atingiu 581 km, enquanto a média para o mesmo dia e horário é de 570 km, de acordo com a CET.

Às 9h, o índice de lentidão ficou abaixo da média, registrando 560 km de filas, comparado à média de 572 km para terças-feiras.

Passageiros enfrentaram atrasos e filas para pegar ônibus nos pontos e transportes por aplicativos.

Adriana, uma passageira, lamentou: “Pegar ônibus vai ficar difícil”, enquanto aguardava para entrar no coletivo próximo à Estação Jabaquara, na Zona Sul.

O rodízio de veículos foi suspenso na terça-feira (28) na capital paulista devido à paralisação, que não afeta apenas o Metrô e a CPTM, mas também os funcionários da Sabesp, responsáveis pelo abastecimento de água na cidade.

A greve é um protesto contra as propostas de privatização do governo estadual e teve início à 0h, com duração prevista de 24 horas.

Situação nas Linhas do Metrô e CPTM

Metrô:

  • Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
  • Linha 2- Verde: Ipiranga até Clínicas
  • Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília
  • Linha 15- Prata: fechada

CPTM:

  • Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
  • Linha 10- Turquesa: fechada
  • Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
  • Linha 12- Safira: funcionamento integral com intervalo de 8 minutos
  • Linha 13- Jade: funcionamento integral com intervalo de 30 minutos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nesta terça em órgãos públicos da cidade. As aulas foram mantidas, mas a Câmara Municipal de São Paulo suspendeu o expediente presencial.

A greve, decidida na segunda-feira (27), é um protesto contra os planos de privatização das companhias. Mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista tiveram suas provas reagendadas.

Por determinação da Justiça do Trabalho, 85% dos trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô deverão operar nos horários de pico. Nos outros horários, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) estipulou operação mínima de 65% na CPTM e 60% no Metrô, com multas diárias previstas em caso de descumprimento.

Os sindicatos propuseram três alternativas ao governo, todas negadas: suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp; plebiscito para a população votar sobre o tema; catraca livre. A Justiça também vetou a liberação de catracas devido ao alto risco de tumultos.

O secretário-chefe da Casa Civil estadual, Arthur Lima, afirmou que o governo tentou o diálogo, mas os sindicatos foram irredutíveis. O governo planeja acionar sindicatos que não cumpram a frota mínima e punir individualmente os funcionários ausentes após processo administrativo.

A Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a SPTrans organizaram um esquema especial para o funcionamento dos ônibus municipais, atenuando o impacto aos passageiros do Metrô e da CPTM.

Linhas serão estendidas e reforçadas, garantindo o deslocamento dos cidadãos, enquanto a cidade enfrenta uma das maiores greves de transporte público de sua história.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

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