A Arábia Saudita tem enfrentado um declínio em sua presença no mercado chinês de petróleo desde o início da guerra na Ucrânia, devido aos generosos descontos oferecidos pela Rússia. No início deste mês, a Arábia Saudita reduziu sua produção na esperança de impulsionar os preços e compensar a queda na demanda, mas os resultados não foram os esperados.
Em abril, as exportações de petróleo da Rússia para a China temporariamente ultrapassaram as da Arábia Saudita. Agora, os dois países estão quase empatados novamente, e especialistas preveem que a Rússia continuará avançando e ganhará vantagem nos próximos meses.
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De acordo com a fornecedora de dados de commodities Kpler, atualmente a Rússia representa 14% das importações de petróleo da China, em comparação com os 8,8% anteriores ao conflito na Ucrânia. Enquanto isso, a participação da Arábia Saudita caiu para 14,5% até maio.
Aproveitando as oportunidades oferecidas, a China está acumulando reservas de petróleo para o caso de sua economia se fortalecer e os preços subirem. Em maio, Pequim adicionou cerca de 1,77 milhão de barris por dia às suas reservas, o maior volume desde julho de 2020, segundo a empresa de análise de dados de petróleo Refinitiv Eikon.
A disponibilidade de petróleo russo a preços acessíveis tem causado uma queda nos preços globais, prejudicando a capacidade da Arábia Saudita de financiar sua agenda econômica nacional. A perda de participação de mercado, combinada com a volatilidade dos preços, afeta duplamente o reino saudita.
