Professora puxa cabelo de aluno de 4 anos com TDAH: “Você gosta disso?”

TAG Notícias

Caso onde uma professora que puxou o cabelo de um menino de 4 anos, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), aconteceu em uma escola particular em Apiaí, interior de São Paulo.

A mãe da criança, Karine Gemignani, relatou que a professora admitiu ter realizado essa ação, justificando, por áudio, que estava tentando ensinar o menino a não puxar o cabelo de seus colegas.

“Peguei no cabelo dele, falei assim: Você gosta disso? Puxar o cabelo do coleguinha não é legal, bater, morder também não é legal, a gente vai explicando assim para ele […]. Estamos juntos para achar uma saída, vamos ter que achar um jeitinho para controlar né? Eu conversei com ele, deve ter ficado bravo, tá bom? Mas ele foi na brinquedoteca, ficou um tempão lá”, disse a professora.

Leia também: MP pede que Anna Jatobá volte para prisão por ‘comportamento impulsivo e agressivo’

A mãe decidiu levar o caso à polícia após observar uma série de problemas relacionados ao tratamento do filho na escola, especialmente em relação ao seu TDAH.

O incidente foi registrado como um caso de lesão corporal na Delegacia de Polícia da cidade. As autoridades estão conduzindo uma investigação em curso para entender as circunstâncias do incidente, identificar a professora responsável, avaliar as medidas administrativas adotadas pela escola e verificar se a criança sofreu alguma lesão física.

Karine ainda argumenta que a instituição de ensino não tem fornecido o suporte necessário para integrar a criança com os demais alunos e para seguir as orientações médicas no que diz respeito ao transtorno.

“Eu quero que eles vejam que foi uma violência psicológica desde que ele entrou [na escola]. Agora mais isso [do puxão do cabelo]”.

Veja o print da conversa entre a mãe da criança e a professora:

Print mostra conversa que mãe teve com professora após o filho reclamar que ela havia puxado o cabelo dele (Foto: Reprodução)
Print mostra conversa que mãe teve com professora após o filho reclamar que ela havia puxado o cabelo dele (Foto: Reprodução)

Além disso, ela mencionou que a escola não ofereceu o apoio necessário e não seguiu algumas das recomendações para lidar com o TDAH de seu filho, como a sugestão de mantê-lo sentado nas carteiras da frente.

O menino também se queixava de uma monitora que lhe dava “petelecos” na orelha e que quando procurou o diretor da escola para tratar desse problema, ele alegou que era impossível substituir a monitora, pois ela era considerada a melhor da escola.

Ela suspeita que a escola não estava desempenhando seu papel de intermediar as interações sociais entre as crianças, deixando a responsabilidade exclusivamente para a professora.

Débora Carvalho
Débora Carvalho

Uma apaixonada por histórias e uma contadora nata. Com base em Belo Horizonte, curso Jornalismo e alimento minha curiosidade incessante por notícias e cultura pop. Se você procura uma abordagem vibrante e envolvente, está no lugar certo!

Artigos: 1129