Uma estiagem histórica está impactando severamente o estado do Amazonas, causando sérios transtornos para a população local, que depende dos rios como principal meio de transporte e para a distribuição de alimentos.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou na sexta-feira (29/9) a emissão de um decreto de situação de emergência em resposta à situação crítica.
Dos 62 municípios do Amazonas, apenas dois não estão sofrendo os efeitos da extrema seca. A capital, Manaus, juntamente com outros 18 municípios, decretaram situação de emergência.
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Entre as cidades mais afetadas estão Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Envira, Itamarati, Jutaí, Fonte Boa, Japurá e Maraã.
A situação é agravada pelo fato de que 59 dos 62 municípios dependem do transporte hidroviário. Para lidar com os impactos da estiagem, o governador Wilson Lima anunciou uma série de medidas de apoio, incluindo assistência às famílias afetadas nas áreas de saúde e abastecimento de água, distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e apoio aos produtores rurais.
O governador também destacou os sérios impactos econômicos da estiagem, uma vez que os níveis dos rios estão próximos dos registros mais baixos já registrados.
O transporte de insumos, matérias-primas para a Zona Franca e produtos acabados é gravemente afetado.
De janeiro a setembro deste ano, o estado do Amazonas registrou 14.593 focos de calor, o que representa uma redução de 20,37% em relação a 2022, quando foram registrados 18.327 focos.
Somente em setembro, foram registrados 6.782 focos de calor.
O Corpo de Bombeiros do Amazonas está atuando em 21 municípios, combatendo mais de 1,3 mil incêndios, por meio de operações como Aceiro, no sul do estado, e Céu Limpo, na região metropolitana, para enfrentar os desafios decorrentes da estiagem e dos incêndios.
