País muda regra e autoriza que homens gays doem sangue a partir de agora

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Durante décadas, os homens gays não podiam doar sangue

Os Estados Unidos anunciaram mudanças nas regras de doação de sangue nesta quinta-feira (11), visando aumentar as possibilidades de doação de homens gays e bissexuais.

A Administração de Comidas e Drogas (FDA), órgão responsável pela regulação das doações de sangue, atualizou as diretrizes que estavam em vigor há décadas para evitar a contaminação do suprimento de sangue com o vírus HIV.

As novas regras eliminam a exigência de que homens que fazem sexo com homens se abstenham de atividade sexual por três meses antes de doar sangue. Essa exigência havia sido estabelecida como medida preventiva para reduzir o risco de transmissão do HIV, mas foi amplamente criticada por discriminação contra homens gays e bissexuais.

Com a mudança, a FDA passa a adotar uma política mais inclusiva, considerando que o tempo de abstinência sexual não é o único critério para avaliar o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) por meio da doação de sangue.

A nova diretriz exige que todos os doadores, independentemente da orientação sexual, preencham um questionário detalhado sobre suas atividades sexuais e de risco para avaliar se podem ou não doar sangue com segurança.

A mudança nas regras foi elogiada por defensores dos direitos LGBT+ e organizações de saúde, que consideram a medida um passo importante para acabar com a discriminação contra homens gays e bissexuais nas doações de sangue. No entanto, alguns grupos ainda criticam a política por manter restrições baseadas na orientação sexual e pedem uma revisão completa das diretrizes para garantir a igualdade de tratamento de todos os doadores de sangue.

COMO SERÁ A NOVA REGRA

As regras para doação de sangue nos Estados Unidos foram alteradas para aumentar a elegibilidade de homens gays e bissexuais como doadores. A Administração de Comidas e Drogas (FDA), que regula as doações de sangue, eliminou a exigência de que homens que fazem sexo com homens se abstenham de sexo por três meses antes de doar sangue.

Agora, todos os doadores em potencial, independentemente da orientação sexual, sexo ou gênero, serão avaliados por um novo questionário que considera seus riscos individuais de HIV, com base em comportamento sexual, parceiros recentes e outros fatores. No entanto, doadores em potencial que relatam ter feito sexo anal com novos parceiros nos últimos três meses ainda serão impedidos de doar por um período.

O FDA afirmou que a nova política reflete as evidências científicas mais recentes e associações médicas, incluindo a Associação Médica Americana, também têm defendido que a proibição já não é mais necessária devido aos avanços nos exames de sangue.

Grupos organizados de militantes LGBTQI+ há décadas criticam as restrições aos doadores que são homens gays. Com a nova regra, espera-se aumentar o suprimento de sangue para doação, sem comprometer a segurança do processo de doação de sangue.

No Brasil

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar restrições à doação de sangue por homens gays.

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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