Tales de Carvalho, astrólogo e empresário, está no centro de graves acusações feitas por quatro mulheres entrevistadas pela coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles. Elas afirmam ter sido vítimas de estupro, tortura física e psicológica cometidas por Tales, filho do escritor Olavo de Carvalho e um dos proprietários da escola de cursos Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS).
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Os relatos incluem depoimentos de uma das ex-mulheres de Tales, Calinka Padilha de Moura, e das duas filhas mais velhas do casal, Julia Moura de Carvalho e Ana Clara Moura de Carvalho. Elas narram episódios de sadismo e crueldade que teriam ocorrido ao longo de mais de duas décadas, além da formação de uma espécie de seita em torno do ICLS.
Relatos de Crueldade e Manipulação
As denunciantes detalham experiências de extrema violência e manipulação emocional. Calinka relata que, após quatro anos de casamento, Tales comunicou que pretendia ter uma segunda esposa, uma menina de 12 anos. Este novo relacionamento, que envolvia contratos e acordos sobre a consumação do casamento, trouxe um período de intensa violência física e psicológica.
Tales de Carvalho foi notícia em março deste ano, quando a família de uma estudante de Goiás conseguiu na Justiça uma decisão que obrigava a moça, então com 18 anos, a retornar ao estado para confirmar se havia viajado por vontade própria ao encontro do empresário. Para cumprir a decisão judicial, a família mobilizou a Polícia Federal e a polícia do Paraguai, já que a estudante foi localizada na cidade paraguaia de Presidente Franco, na casa de Luiz de Carvalho, irmão de Tales.
Agressões e Torturas Constantes
Calinka Moura conta que, após decidir sair de casa com suas duas filhas, Julia e Ana Clara, retornou para Tales de Carvalho em 2007 devido a um ultimato. A partir daí, iniciou-se um período de dois anos e meio de agressões e torturas constantes. Tales teria utilizado técnicas como chicotadas com fio de telefone no corpo molhado, para evitar marcas visíveis. As torturas também incluíam ameaças de mutilação e estupros com requintes de crueldade.
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Além das agressões físicas, Tales teria forçado Calinka e sua outra esposa a assistirem vídeos de crianças sendo estupradas, usando essas imagens para se excitar antes de violentá-las.
Reação da Comunidade e Justiça
As práticas de Tales de Carvalho são descritas como baseadas em uma interpretação distorcida do Islã, e líderes religiosos, como o Sheikh Mohamad Al Bukai, destacam que tais ações não têm respaldo na religião.
As acusações foram refutadas por Tales através de seu advogado, Frank Reche Maciel, que afirmou que as alegações de Calinka foram utilizadas para tentar privá-lo da guarda da filha menor. Segundo ele, a Justiça decidiu em favor de Tales, concedendo-lhe a guarda da filha.
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