A região amazônica enfrenta uma crise ambiental alarmante com a morte crescente de botos, e especialistas têm investigado as razões por trás dessa tragédia. Um dos principais fatores apontados para o aumento nas mortes desses animais aquáticos é a combinação de seca nos rios da Amazônia e o aumento da temperatura das águas.
A amplitude térmica, juntamente com a presença de algas potencialmente tóxicas e a seca extrema, emergem como os principais motivos, conforme explicado por Mariana Paschoalini Frias, analista de Conservação do WWF-Brasil. O aumento da temperatura da água, atribuído às mudanças climáticas, gera um estresse térmico nos botos, afetando seu estado metabólico, principalmente nos lagos de Tefé e Coari.
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Uma coalizão formada por organizações como WWF, Ministério do Meio Ambiente, prefeituras, bombeiros, exército, universidades e ONGs está trabalhando no monitoramento da situação e no resgate dos botos. Cláudia Sacramento, analista ambiental do ICMBio, destaca a importância do monitoramento de animais vivos e mortos, incluindo necropsias para análises biológicas.
A crise teve início em setembro de 2023, resultando na morte de aproximadamente 240 botos até o momento, com os lagos Tefé e Coari sendo áreas mais afetadas pela seca, limitando drasticamente o espaço ocupado pelos animais.
O aumento sem precedentes da temperatura da água, combinado com a seca, representa uma ameaça significativa. A falta de precedentes na faixa térmica torna os mamíferos, incluindo os botos, suscetíveis ao choque metabólico.
As especialistas alertam para a urgência de ações para salvar esses animais, destacando a necessidade de medidas para reduzir os efeitos catastróficos das mudanças climáticas e a mudança no modelo de consumo de bens renováveis. Elas enfatizam que a responsabilidade da sociedade também é crucial para preservar o ambiente e reiteram a importância de repensar o papel humano na preservação ambiental.
