Paulo Caruso fez carreira em vários jornais e publicações, como ‘O Pasquim’, e era cartunista do programa ‘Roda Viva’
Internado no hospital Hospital 9 de Julho, na região central de São Paulo, Paulo Caruso morreu nesta manhã do dia 4. O cartunista tinha 73 anos de idade e a causa de sua morte ainda não foi divulgada.
Paulo era um dos chargistas mais importantes do Brasil e unia humor com a história política do país.
Iniciou sua carreira na década de 60, trabalhando para o Diário Popular e posteriormente, passou pela Folha de S.Paulo e pelo O Pasquim, onde trabalhou com Ziraldo e Millôr Fernandes, e pela revista IstoÉ.
Paulo José Hespanha Caruso nasceu em São Paulo, no dia 6 de dezembro de 1949. Ele é irmão gêmeo do também cartunista, Chico Caruso.
“Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também.”, contou ele em uma entrevista no programa Conversa com Bial.
+ Tragédia: 59 pessoas, sendo 12 crianças, morrem em naufrágio
Na mesma entrevista, o irmão dele Chico contou que em 1969, aos 18 anos, eles estavam começando a trabalhar em jornal, e a política foi quase que uma obrigação, onde sintetizavam, com sátira e humor, vários momentos da história política do Brasil.
“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, comentou Paulo.
Em 1992, Paulo lançou o livro “Avenida Brasil”, que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em revistas e jornais.
Em 1994, recebeu o prêmio de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA.