Durante as celebrações do 1º de Maio em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou rebuliço na cena política ao pedir votos para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), seu apoiado na disputa pela prefeitura paulistana. As declarações de Lula geraram reações imediatas de outras pré-candidaturas, marcando o início de uma corrida eleitoral acalorada na maior cidade do Brasil.
Em um ato marcado por discursos inflamados, Lula destacou a importância de apoiar Boulos, descrevendo-o como um candidato enfrentando múltiplos adversários. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, afirmou Lula, dirigindo-se à multidão presente no evento.
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A reação não tardou a chegar. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição, expressou surpresa com as declarações de Lula, ausente no evento. Em comunicado, o MDB anunciou medidas legais contra Lula e Boulos, alegando propaganda eleitoral antecipada.
Outro pré-candidato, o deputado federal Kim Kataguiri (União), anunciou que entrará com processo por propaganda eleitoral antecipada. Marina Helena, pré-candidata pelo Novo, planeja tomar medidas legais similares, denunciando abuso de poder político.
Enquanto a equipe de Boulos critica as alegações do MDB como uma tentativa de desviar a atenção de outras questões, especialistas em direito eleitoral veem a fala de Lula como uma infração clara. Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também comentaram sobre o caso, comparando-o a um episódio anterior envolvendo o presidente.
Apesar das controvérsias, o ministro da Secretaria de Comunicação do Planalto, Paulo Pimenta, defendeu Lula, argumentando que suas declarações não configuraram crime eleitoral. Por outro lado, especialistas e membros do TSE divergem, sinalizando um debate prolongado sobre os limites da campanha eleitoral.
Veja as notas:
- NOTA MDB SÃO PAULO
Segundo o advogado do Diretório Municipal do MDB de São Paulo, Ricardo Vita Porto, o partido, num primeiro momento, vai promover as medidas jurídicas cabíveis, buscando a aplicação de multa ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, por propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve pedido expresso de votos, durante o ato de 1º de Maio, na capital.
Paralelamente, se pedirá ao Ministério Público (MP) a abertura de inquérito para a apuração dos valores gastos com o evento, incluindo os públicos, além do uso da estrutura sindical com o objetivo de se promover candidatura.
Verificada a ocorrência de abuso do poder econômico e de autoridade, deverá ser ajuizada investigação judicial eleitoral, que poderá resultar na decretação de inelegibilidade a Lula e a cassação da candidatura de Boulos, na qualidade de beneficiário consentido da conduta vedada. Diretório Municipal do MDB de São Paulo
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- NOTA DE ENRICO MISASI | MDB DE SÃO PAULO
“A postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é uma afronta à legislação eleitoral vigente. Face a isso, o Diretório Municipal do MDB de São Paulo tomará as medidas jurídicas cabíveis. Eleição não é guerra e a população paulistana não pode ser a vítima. O povo de São Paulo merece uma eleição justa, com debates propositivos sobre a cidade e pré-candidatos que não se coloquem acima da lei. A ousadia de Lula num ato esvaziado e com público controlado é mais um alerta aos paulistanos: não podemos deixar que São Paulo sirva de trampolim para o projeto de poder que a extrema esquerda tem para o Brasil.” Enrico Misasi, Presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo
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