Lula exclui Correios, EBC e outras estatais de programas de privatização

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O presidente reforçou que não vai promover nenhuma privatização em seu governo, assim como nos dois mandatos anteriores

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou na última sexta-feira (6) a retirada dos Correios e outras seis estatais do Programa Nacional de Desestatização (PND). A medida foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União.

Além dos Correios, foram excluídas a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A (ABGF) e Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec).

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A decisão também excluiu três empresas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI): Armazéns e imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (PPSA) e Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).

A resolução interministerial foi apresentada pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Juscelino Filho (Comunicações), que recomendaram ao presidente Lula a exclusão dos Correios e da Telebras dos programas de privatizações do governo federal. O documento foi apresentado no âmbito do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos, subordinado à Casa Civil.

Os Correios e a Telebras foram incluídos no Programa Nacional de Desestatização em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro. O ex-presidente enviou ao Congresso um projeto de lei que privatizaria os Correios. A matéria foi aprovada pela Câmara, mas ficou parada no Senado.

A retirada das estatais do programa de desestatização representa uma mudança significativa na política do governo federal. A medida mostra que o governo de Lula pretende manter o controle sobre essas empresas estatais, em vez de privatizá-las.

A decisão de excluir os Correios e outras estatais do PND é bem-vinda para muitos trabalhadores dessas empresas, que temiam perder seus empregos caso a privatização se concretizasse. No entanto, a medida também pode ser vista como uma perda de oportunidade para o país, já que a privatização poderia trazer mais eficiência e competitividade para essas empresas.

O futuro das estatais excluídas do programa de desestatização ainda é incerto. Resta saber se o governo de Lula irá propor outras medidas para melhorar a eficiência dessas empresas e torná-las mais competitivas no mercado, ou se irá mantê-las sob controle estatal.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

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