A primeira-dama, conhecida como Janja, expôs sua frustração em relação à disseminação de informações falsas sobre ela encontradas em plataformas de busca.
Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, Janja afirmou ter abordado representantes do Google sobre a abundância de fake news que circulam a seu respeito, indicando que as grandes empresas de tecnologia obtêm lucro com essa situação.
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Sendo alvo constante de ataques nas redes sociais, ela expressou sua preocupação com a dimensão que as notícias falsas alcançam na internet.
“As grandes empresas de tecnologia são responsáveis por uma parcela significativa da violência digital”, enfatizou.
A socióloga, originária do Paraná, mencionou que a maioria dos ataques parte das redes sociais, incluindo difamações, exposição por meio de deep fakes (vídeos e imagens criados por inteligência artificial), nos quais seu rosto é sobreposto a outros corpos.
“Sou o alvo preferido dos apoiadores do presidente Bolsonaro. Isso é um fato. De alguma forma, eu incomodo”, destacou.
“Em uma conversa sobre empreendedorismo feminino com uma diretora do Google, mencionei: ‘Você sabia que ao pesquisar ‘Janja prostituta’ no Google aparecem inúmeras fake news?’. Eles ficaram sem resposta, pois lucram com isso. As grandes empresas de tecnologia têm grande responsabilidade na violência digital. Já fiz denúncias. Atualmente, estou envolvida em três processos judiciais. Além disso, há a violência e o machismo no entorno. Eu entendo, mas não aceito”, expôs durante a entrevista.
Indagada se a violência e o machismo têm origem no círculo próximo ao presidente, Janja respondeu:
“Provém do entorno próximo. Não está sob meu controle. O que as pessoas pensam e dizem não está em minha esfera de influência. Eu tento não levar para o lado pessoal e respondo com meu trabalho”.
