51 cidades do Brasil já adotaram o método de não cobrar passagens
A ideia de tirar a cobrança no transporte público começa a ganhar força no Brasil. Além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), dizer que pensa na ideia e já encomendou um estudo para a maior cidade do Brasil, dezenas de pequenas outras cidades já passaram a adotar esse modelo.
Agora, a equipe do presidente eleito Lula (PT), começa a debater sobre o tema internamente.
“O presidente Lula pode dar apoio a essa ideia. Joguei o tema para ser debatido no grupo de trabalho das cidades. Meu papel é ajudar a convencê-lo da necessidade do direito de ir e vir. Assim como a população tem acesso à saúde gratuita e universal, à educação, precisa ter acesso ao transporte“, diz Jilmar Tatto (PT), deputado federal por São Paulo que integra parte do time de transição do governo.
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Tatto, que é ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, defende que a criação de um sistema integrado de mobilidade, tendo como exemplo o SUS com a saúde, onde o governo federal posso enviar recursos para ajudar as cidades a melhorar ainda mais a estrutura de transporte, assim esse sistema adoraria a tarifa zero.
O VT DOS FUNCIONÁRIOS
Uma das principais questões que poderiam ajudar no avanço da proposta, e que precisa ser resolvida na alçada federal, é da do Vale-Transporte.
Atualmente as empresas pagam o benefício somente a funcionários que utilizam ônibus e trens. Uma das ideias para custear o passe livre é mudar este modelo. As empresas passariam a pagar ao governo uma taxa de transporte para todos os funcionários, sendo que o valor por empregado seria menor do que o gasto atual com o VT. Logo, haveria um aumento de arrecadação, pois, espera-se que mais empresas passariam a contribuir.
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“Isso deve reduzir os custos das empresas que pagam muito VT e aumentar os das que pagam pouco, como os escritórios de advocacia, onde muita gente vai de carro”, disse Sérgio Avelleda, coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Insper e ex-secretário estadual de Transporte de São Paulo.