Estudante fica em estado grave com intoxicação após misturar produtos de limpeza

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A jovem estudante de publicidade e propaganda, Maria Luiza Rodrigues, de 20 anos, residente em Cuibá, enfrentou uma séria intoxicação devido à combinação de produtos de limpeza. Essa experiência desagradável ocorreu enquanto ela realizava a limpeza do banheiro de sua residência no último sábado, como noticiado pelo G1.

Vale ressaltar que a pronta intervenção de seus familiares foi crucial, pois eles a conduziram a uma unidade de saúde, onde Maria Luiza recebeu tratamento com injeções de adrenalina e antialérgicos diretamente na veia.

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É fundamental destacar que a mistura imprudente de produtos de limpeza representa não apenas um risco à saúde, mas também ao patrimônio.

O Conselho Regional de Química do Rio enfatiza que esses produtos são projetados para usos específicos, fornecendo orientações detalhadas sobre diluição e aplicação direta na superfície, todas claramente indicadas nas embalagens. Quando esses produtos são combinados sem conhecimento químico adequado, os resultados podem ser desastrosos, causando danos significativos à saúde.

O que pode ou não pode ser misturado?

Por exemplo, a combinação de produtos comuns, como água sanitária e sabão em pó, durante a limpeza, pode resultar na formação de clorofórmio, uma substância conhecida por causar sintomas como tontura e dor de cabeça, ampliando os riscos se a área estiver mal ventilada e o clima estiver quente, o que pode levar a desmaios.

Até mesmo substâncias aparentemente inofensivas, como vinagre e bicarbonato de sódio, frequentemente mencionadas na internet como soluções para eliminar odores e manchas de gordura, podem ser perigosas quando combinadas em um recipiente, podendo resultar em uma explosão.

A proliferação de informações sobre produtos de limpeza caseiros e suas misturas nas redes sociais, especialmente desde o início da pandemia, tem gerado preocupação no setor. Em 2021, apenas em uma rede social, foram identificadas 18 mil postagens sobre produtos de limpeza.

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No entanto, muitas vezes, essas informações enganosas levam as pessoas a acreditar que seus produtos caseiros são eficazes, quando na verdade podem não desinfetar adequadamente. I

sso se refletiu no aumento das solicitações de orientação junto aos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) da indústria. A investigação desses casos revelou que muitas situações, incluindo intoxicações e danos no piso, estavam relacionadas às misturas inadequadas.

Além disso, é importante mencionar a preocupação com produtos de limpeza piratas, que representam um risco adicional. Esses produtos não possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que significa que não há controle nem garantia de segurança.

Em uma pesquisa realizada em 2021, constatou-se que 22% dos produtos de limpeza nas casas dos brasileiros eram piratas.

Especialistas alertam para um risco ainda maior quando se trata de crianças, pois produtos de limpeza armazenados em garrafas de refrigerante, por exemplo, podem atrair crianças a ingeri-los ou inalá-los. Em casos de intoxicação, é essencial levar a embalagem ao médico para que a substância possa ser identificada e o tratamento adequado seja administrado rapidamente. Portanto, é fundamental estar ciente dos perigos associados à manipulação e ao uso inadequado de produtos de limpeza e adotar medidas de precaução para garantir a segurança de todos os membros da família.

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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