Uma equipe de médicos e outros profissionais da saúde do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, embarca hoje para Brasília, com a função de inspecionar e preparar o ambiente cirúrgico onde será feita a operação do quadril do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), amanhã, 29.
A ida será dividida em duas partes: o primeiro grupo viaja hoje de manhã, o segundo à noite.
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O time será formado por cirurgiões, anestesistas, instrumentadores, enfermeiros e auxiliares cirúrgicos. Parte deles participará da operação, parte irá acompanhar o pós-operatório do presidente na UTI e no quarto.
A cirurgia à qual Lula vai se submeter é chamada de artroplastia do quadril, que é a substituição da cabeça do fêmur (com diâmetro por volta de 5 cm) por uma prótese.
A operação é considerada de grande porte, ou seja, quando o procedimento está associado a perda sanguínea maior.
A cirurgia é realizada com anestesia geral e está prevista para durar de 2 horas e meia a 3 horas.
Lula deverá sair do hospital em cadeira de rodas, mas a previsão é que ela seja dispensada depois. Ele deverá usar um andador ao longo de cerca de 4 a 6 semanas.
Lula convive com artrose no quadril há vários anos e, nos últimos tempos, tem se queixado de dores com maior frequência. Os médicos apontam que o tratamento mais eficaz é a cirurgia, na qual o osso é substituído por uma prótese. A artrose é caracterizada pelo desgaste da cartilagem que recobre a articulação, levando ao atrito ósseo e a uma inflamação crônica.
Em ocasiões anteriores, o presidente já se submeteu a infiltrações com aplicação de anestésico dentro da articulação.