Tutinha, renunciou à presidência da Jovem Pan após a emissora ser acusada de defender os atos terroristas em Brasilia
Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, após 10 anos no cargo, será substituído por Roberto Araújo, CEO do canal desde 2014.
Tutinha que está na Europa desde dezembro, mas se mantém como acionista do grupo Jovem Pan.
Desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas, a Jovem Pan vem sendo acusada de apoiar os bolsonaristas.
No domingo, dia 8 de janeiro, a situação piorou porque a emissora amenizou a gravidade do atentado ao patrimônio público em Brasília.
Durante a cobertura, a Jovem Pan não citou em nenhum momento a atitude como criminosa ou terrorista.
Posteriormente, políticos e jornalistas pediram punição para tal atitude, citando o descumprimento do artigo 53 do Código Brasileiro de Telecomunicações, que diz:
“Constitui abuso, no exercício de liberdade da radiodifusão, o emprego desse meio de comunicação para a prática de crime ou contravenção previstos na legislação em vigor no País”.
A lei inclui ainda, entre os abusos, atitudes como “incitar a desobediência às leis ou decisões judiciárias”, “insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas forças armadas ou nas organizações de segurança pública”, “caluniar, injuriar ou difamar os Poderes Legislativos, Executivo ou Judiciário ou os respectivos membros”, “veicular notícias falsas, com perigo para a ordem pública, econômica e social” e “colaborar na prática de rebeldia desordens ou manifestações proibidas”.
Em outubro de 2022, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) chegou abrir uma investigação contra a emissora para apurar um suposto tratamento privilegiado a Bolsonaro, atendendo um pedido do atual presidente, Lula (PT).
No mês seguinte, em novembro, o canal do Youtube da Jovem Pan foi desmonetizado pela plataforma com a acusação de disseminar fake news.