Detecção precoce da esclerose múltipla é a chave para qualidade de vida

Dia mundial de conscientização da doença reforça papel do diagnóstico precoce e do tratamento para conter a progressão dos sintomas
de olho nos sinais

A esclerose múltipla, doença neurológica crônica, degenerativa e autoimune, é atualmente uma das principais causas de deficiências não traumáticas em jovens adultos. Apresenta maior incidência entre 18 e 40 anos de idade, fase produtiva, e atinge três vezes mais mulheres que homens.

Leia também: Bilionários preparam nova viagem de submersível aos destroços do Titanic 11 meses após tragédia

Por isso, especialistas alertam que o diagnóstico precoce, aliado ao acompanhamento médico detalhado, é a chave para a estabilização e qualidade de vida dos portadores. O alerta acontece na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (30/5).

“O tratamento visa conter os surtos, principal evolução da esclerose. Ao barrar o acúmulo dessa progressão, possibilitamos uma normalização de rotina ao paciente”, explica Karoline Cohen, neurologista do Centro de Medicina Diagnóstica do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or.

A médica explica que o diagnóstico da doença é realizado pelo neurologista, por meio da avaliação clínica e de exames como ressonância magnética de crânio, da coluna e análises laboratoriais.

“Nos surtos iniciais a enfermidade apresenta sintomas que duram dias ou semanas, evoluindo para uma melhora espontânea. Após algum tempo, sua recuperação passa a ser mais lenta e parcial, trazendo sequelas cada vez mais incapacitantes”, alerta Dra. Karoline.

Siga a gente no Google News para ficar por dentro das últimas notícias!

Segundo a Organização Mundial da Saúde, são 2,8 milhões de registros em todo o mundo. No Brasil, estima-se que a doença afete de 15 a 27 indivíduos a cada 100.000 habitantes.

Entre os sintomas da esclerose múltipla estão a perda de força, sensibilidade em um seguimento do corpo, redução da visão associada à dor e incontinência urinária. Outro agravo, se não tratada, é a perda de mobilidade, que pode vir de modo leve ou exigir o uso de cadeira de rodas. “Essa patologia é desmielinizante, isto é, atua destruindo a mielina, estrutura responsável pelas sinapses saltatoriais, fragilizando o sistema neurológico”, complementa a especialista.

Soma de fatores

Ainda de acordo com a neurologista, a esclerose múltipla é multifatorial, ou seja, é causada por uma soma de fatores que o paciente é exposto durante a vida. Além da predisposição genética, também está relacionada ao tabagismo, obesidade na infância e certos tipos de infecções.

Apesar de conhecida há muito tempo, nos últimos anos a doença tem ganhado atenção e, por consequência, diagnósticos e tratamento cada vez mais precoces e eficientes.

Receba nossas notícias em tempo real no whatsapp

“Medicações injetáveis, orais e infusionais são hoje as terapias de combate à evolução do quadro, sendo aplicadas de forma individualizada, sempre dependendo da gravidade e demanda de cada caso”, finaliza a médica do São Luiz Campinas.

Inaugurado em maio de 2023, trata-se do maior hospital privado do interior paulista, com mais de 40 especialidades. Possui um Centro de Medicina Diagnóstica superequipado e moderno, com equipes especializadas e neurologistas para diagnóstico, tratamento e controle da esclerose múltipla, além de estrutura de “Hospital Dia”, para realização de pequenos procedimentos e medicações, com alta do paciente em poucas horas.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

Artigos: 2185

Deixe um comentário