Confirmado: Vacina contra Covid matou um adulto a cada 10 milhões de dose; diz Ministério da Saúde

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A investigação do Ministério da Saúde sobre eventos adversos relacionados às vacinas contra COVID-19 revelou que, até março, as 510 milhões de doses administradas foram responsáveis por apenas 50 óbitos. Isso significa uma taxa de mortalidade de uma a cada 10 milhões de doses, um número extremamente baixo que confirma a segurança dos imunizantes.

Em comparação, a doença em si causou 37,5 milhões de casos e 703 mil mortes no país, o equivalente a 190 mil mortes a cada 10 milhões de casos.

O documento revela que a análise das 4.458 notificações de eventos adversos fatais associados à vacinação constatou que apenas 50 (ou 1,12%) tinham uma relação causal “consistente com a vacinação”, ou seja, 0,013 caso a cada 100 mil doses aplicadas. Os demais óbitos foram classificados como reações coincidentes ou sem informações suficientes para atribuir à vacinação.

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Importante destacar que todas as mortes relacionadas às vacinas ocorreram em adultos, não havendo registros de óbitos em crianças e adolescentes. Especialistas afirmam que esse número é extremamente baixo em relação à população vacinada e confirma a segurança dos quatro tipos de imunizantes utilizados no país.

O perfil de benefício versus risco da vacinação contra COVID-19, conforme os dados apresentados, é excelente, de acordo com o Ministério da Saúde. Embora não seja possível descartar completamente o risco de eventos graves, é importante ressaltar que esses eventos são muito raros, ocorrendo em média um caso a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando um risco significativamente menor do que as complicações causadas pela própria COVID-19.

Sobre os óbitos

A maioria dos óbitos (56% do total) ocorreu em indivíduos que receberam a vacina AstraZeneca, conforme relatado no boletim. Veja a distribuição por tipo de imunizante:

  • 28 óbitos após a aplicação da AstraZeneca;
  • 17 óbitos após a aplicação da Coronavac;
  • 4 óbitos após a aplicação da Janssen;
  • 1 óbito após a aplicação da Pfizer.

Essas análises foram realizadas pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos, com os resultados apresentados em um boletim epidemiológico divulgado em 19 de junho.

O boletim menciona que, devido à vacinação contra a COVID-19 ter ocorrido durante um período de alta incidência de casos, algumas pessoas podem ter se vacinado enquanto já estavam doentes, o que levou à associação dos sintomas da doença à vacina.

É esperado que, ao vacinar um número tão grande de indivíduos, seja relatado um alto número de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI), incluindo eventos graves.

É importante ressaltar que a vacinação é a melhor forma de prevenir a COVID-19. Segundo o boletim, o Imperial College London estima que a vacinação evitou entre 700 mil e 880 mil mortes no Brasil até o final de 2021.

Em outras palavras, para cada óbito consistente com a vacinação, entre 43.750 e 55.000 outras mortes foram evitadas devido à vacinação.

Essa projeção é considerada conservadora, uma vez que não leva em conta a estimativa de mortes evitadas durante o pico epidêmico ocorrido em 2022, quando o país enfrentou um alto número de casos devido à variante Ômicron, mas com um número de óbitos menor em comparação aos anos anteriores.

Além de reduzir as mortes, as vacinas também se mostram eficazes na redução de internações e complicações decorrentes da COVID-19.

O que fiz a pediatria:

A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca que o boletim apenas reafirma a segurança das vacinas, especialmente em relação às crianças. Esses resultados já eram conhecidos por meio dos testes de eficácia e segurança realizados antes da aprovação das vacinas, e agora são confirmados no mundo real da imunização.

A pediatra Melissa Palmieri afirma que esse resultado deve servir como incentivo aos pais e responsáveis pelas crianças, considerando as baixas taxas de vacinação nesse grupo.

A doença ainda apresenta um impacto significativo nessa faixa etária. Ao contrário de faixas etárias mais elevadas, que já foram expostas ao vírus, as crianças menores de dois anos nunca tiveram contato com ele. No Brasil, a taxa de mortalidade nesse público é consideravelmente maior do que em outros países.”

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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