Uma greve conjunta convocada por funcionários do Metrô e da CPTM, marcada em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas, deve causar caos no trânsito da cidade de São Paulo nesta terça-feira (3/10).
A greve terá a adesão de funcionários da Sabesp, a companhia estadual de abastecimento de água e coleta de esgoto.
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O Metrô e a CPTM juntos transportam cerca de 4,2 milhões de passageiros todos os dias, considerando apenas as linhas administradas pelas duas estatais que devem ser afetadas pela greve.
Prevê-se que as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, fiquem paralisadas.
Durante a última paralisação dos metroviários, em 23 de março deste ano, a cidade de São Paulo registrou mais de 700 km de congestionamento.
A greve dos funcionários das duas categorias contra os projetos de privatização do governador Tarcísio de Freitas está prevista para durar 24 horas.
Tarcísio de Freitas criticou a mobilização grevista no sábado (30/9), chamando-a de “uma greve sem pauta, uma greve política”.
O governo argumenta que a desestatização trará vantagens para a população, como melhorias nos serviços, antecipação de investimentos e possíveis reduções nas tarifas.
No entanto, os trabalhadores discordam dessa posição e citam como exemplo as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, que, desde que foram concedidas à ViaMobilidade, registraram um aumento significativo no número de falhas e estão sob investigação do Ministério Público.
No caso da Sabesp, os funcionários argumentam que a empresa tem resultados positivos, não onera o estado e tem planos de universalizar o saneamento em pouco tempo, o que, segundo eles, não justifica uma privatização.
A paralisação desta terça-feira visa pressionar o governo a reconsiderar os projetos de desestatização das empresas.