Os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso ingressaram com uma ação na Justiça no dia 30 de outubro contra o deputado Gilvan da Federal (PL – ES), após declarações difamatórias proferidas pelo parlamentar.
Em um discurso na Câmara dos Deputados, Gilvan fez acusações sugerindo que parte dos recursos destinados à Cultura estaria sendo utilizada pelos artistas para consumir maconha em suas mansões em Miami. As informações foram divulgadas em primeira mão pelo blog do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
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Durante o discurso, o deputado fez alegações caluniosas, mencionando o montante de 15 bilhões destinados à Cultura e associando esse valor aos artistas consagrados. Além disso, ele dirigiu acusações difamatórias ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), referindo-se a eles como membros do “crime organizado”.
“Destinar 15 bilhões para a cultura? É brincadeira. Três bilhões por ano. Aí vão dizer, ‘não, é para os municípios, é para aquele artista desconhecido’. Não é não. Boa parte é para o seu Caetano Veloso, é para o seu Chico Buarque fumar a maconha deles, morar em Miami, nas mansões que eles moram”, disse o parlamentar.
“O ministro Flávio Dino e esse ex-presidiário traidor da pátria são do crime organizado. Não querem combater o crime organizado. Três bilhões por ano para a cultura, para Caetano Veloso, para Chico Buarque, para Daniela Mercury. É uma palhaçada. Para você que fez o L, está aí, dinheiro para a Cultura, para esse pessoal que é milionário fumar uma maconha”.
O teor dos comentários do parlamentar provocou a indignação de Chico Buarque e Caetano Veloso, que optaram por tomar medidas legais em resposta às acusações infundadas e difamatórias. A ação judicial foi movida com o objetivo de repudiar veementemente as declarações do deputado e reforçar o compromisso com a defesa da integridade e reputação dos artistas.