Bolsonaro apresenta extratos ao STF, mas defesa pede sigilo dos dados

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Após a quebra de sigilo bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitada pela Polícia Federal (PF) e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a defesa de Bolsonaro apresentou os extratos bancários referentes aos anos em que ele ocupou o cargo de presidente. Os advogados enfatizaram que a apresentação dos documentos é realizada de forma voluntária e também solicitaram que os dados sejam mantidos em sigilo, de acordo com informações do blog de Julia Duailibi, do G1.

A defesa do ex-presidente argumentou que a medida visa evitar a necessidade de mobilização da máquina pública para apurar os dados bancários em questão. Entre os extratos apresentados estão registros de vendas de automóveis, jet-ski e reembolso de despesas médicas.

O pedido da defesa inclui a solicitação para que a petição e seus anexos sejam mantidos sob sigilo. A petição assinada pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser também enfatiza o comprometimento de Bolsonaro com princípios constitucionais, como legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, que fundamentam a administração pública.

A petição também destaca o fato de Bolsonaro ter alcançado o mais alto cargo do Executivo brasileiro por meio do voto popular nas eleições de 2018. Além disso, a defesa ressalta que ele se manteve fiel a esses princípios ao longo de seu mandato.

No contexto das recentes notícias sobre o suposto esquema de venda de presentes entregues por delegações estrangeiras e que deveriam ser incorporados à União, a defesa de Bolsonaro reforçou sua posição e, na quinta-feira (24/8), foi noticiado que os advogados iriam solicitar a devolução das joias entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU).

No domingo (20/8), reportagem do Fantástico, da TV Globo, divulgou mensagens do celular do tenente-coronel Mauro Cid, indicando que o ex-presidente tinha conhecimento sobre o esquema de venda das joias e acompanhava de perto a operação para recuperá-las nos Estados Unidos.

A investigação da PF, que levou à quebra de sigilo bancário de Bolsonaro, está relacionada a um suposto esquema de venda de presentes dados por delegações estrangeiras ao governo brasileiro. Itens como joias femininas, esculturas e kits masculinos são analisados na investigação, sendo que as joias femininas, destinadas à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, estão avaliadas em R$ 4,15 milhões.

Sarah Oliveira
Sarah Oliveira

Uma amante das palavras em uma jornada incessante de descoberta. Originária de São Paulo, encontro nas nuances da linguagem minha paixão. Com formação em Comunicação, tenho o prazer de guiar você pelos intrincados caminhos das notícias, oferecendo uma perspectiva única sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

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