O mercado financeiro viveu um dia de otimismo nesta terça-feira, 5, com um destaque especial para as movimentações nas ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4). Rumores fervilharam antes da abertura do pregão, sugerindo uma potencial oferta da Azul pela Gol, em parceria com o Citigroup e o Guggenheim Partners. Como resultado, os papéis AZUL4 e GOLL4 alçaram voos significativos, registrando altas de 4,37% e 4,27%, respectivamente, por volta das 16h30.
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Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, esclarece que essa possível oferta não é uma novidade para os investidores. “Isso é algo que já vem sendo especulado pelo mercado, mas precisaria da aprovação do Cade para essa transação.”
Enquanto a Gol enfrenta desafios com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Azul optou por estratégias de adiamento de pagamento de dívidas, alimentando as expectativas de fusão entre as duas companhias. Segundo Fernandes, esses movimentos reforçaram o ânimo do mercado hoje.
Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe da TCP Partners, destaca que, operacionalmente, a aquisição mútua pode trazer vantagens para ambas as partes, especialmente devido às estruturas de custos operacionais semelhantes. No entanto, ele ressalta que a questão crucial reside na alavancagem financeira das empresas.
Enquanto isso, as especulações sobre a possível fusão continuam. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), junto com a Latam, dominam as viagens aéreas no Brasil, o maior mercado da América Latina. A complementaridade das rotas pode ser um ponto a favor na aprovação regulatória.
Questionado sobre essa possibilidade, o CEO da Azul, John Peter Rodgerson, afirmou à Bloomberg News: “Você tem a obrigação com seus acionistas de observar as oportunidades que existem.”
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