A arrecadação do governo federal em junho teve um crescimento real de 11,02% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, alcançando R$ 208,844 bilhões, conforme informou a Receita Federal nesta terça-feira.
Esse valor superou as expectativas da pesquisa da Reuters, que estimava R$ 204,9 bilhões, e representa o maior registro da série histórica para o mês de junho.
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No acumulado de janeiro a junho, a arrecadação também teve um aumento real de 9,08%, totalizando R$ 1,289 trilhão, outro recorde para o primeiro semestre do ano. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês foi influenciado por variáveis macroeconômicas, retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, tributação de fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior.
Tragédia no RS
Apesar desse resultado positivo, a Receita destacou negativamente a calamidade no Rio Grande do Sul, que gerou uma perda de arrecadação. A arrecadação com os tributos PIS/Pasep e Cofins teve um crescimento real de 21,95%, atingindo R$ 45,177 bilhões, devido ao maior volume de vendas e serviços no país, retomada da contribuição do setor de combustíveis e exclusão do ICMS da base de cálculo desses impostos.
Houve também um crescimento real significativo na arrecadação do IRRF-Trabalho e IRRF-Capital, com aumentos de 12,34% e 10,10%, respectivamente. No caso do IRRF-Capital, essa mudança se deveu à aprovação de um projeto de lei no ano passado que determinou a tributação de fundos exclusivos e offshores, medida que elevou a arrecadação.
No primeiro semestre, a arrecadação com PIS/Pasep e Cofins subiu 18,79%, totalizando R$ 256,229 bilhões. A Receita Previdenciária também teve um ganho real de 5,37%, alcançando R$ 316,935 bilhões, justificado pela alta da massa salarial de 7,06%.
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Entretanto, a calamidade no Rio Grande do Sul resultou em uma perda de arrecadação de R$ 3,7 bilhões em junho e um acumulado de R$ 8 bilhões no primeiro semestre. Em maio, os recursos administrados pela Receita, que incluem a coleta de impostos de competência da União, cresceram 9,97% em termos ajustados pela inflação, atingindo R$ 200,533 bilhões. De janeiro a junho de 2024, o ganho foi de 8,93%, totalizando R$ 1,235 trilhão.
As receitas administradas por outros órgãos, especialmente os royalties sobre a exploração de petróleo, aumentaram 44,46% em junho em comparação ao mesmo período de 2023, atingindo R$ 8,3 bilhões. No acumulado de janeiro a junho, esses recursos tiveram uma alta real de 12,05%, totalizando R$ 63,179 bilhões.
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