No último domingo (6), um episódio chocante foi registrado em Anápolis, uma cidade localizada a 55 km de Goiânia, no Brasil, quando uma mulher, alegando ser médica, foi filmada humilhando um motorista de aplicativo durante uma corrida. O caso repercutiu nas redes sociais e na imprensa local, gerando indignação e debates sobre respeito e conduta nas plataformas de transporte.
Guilherme Gusmão, de 31 anos, era o motorista do aplicativo 99 Pop que conduzia a passageira na fatídica viagem. Segundo o relato de Guilherme, o GPS do carro apresentou um problema momentâneo, o que fez com que ele aguardasse a atualização da localização. Contudo, a passageira demonstrou impaciência e irritação, iniciando uma série de xingamentos e ofensas ao motorista.
Leia também: Grave acidente: Trem descarrila e deixa dezenas de mortos
“Pensa que eu dependo de R$ 8 seus?”, disse Guilherme ao tentar explicar a situação. “Pelo fato de você ser Uber, deve depender, porque você tá num empreguinho bosta, um empreguinho de merda desses. Eu sou médica”, respondeu a passageira, mostrando seu desprezo pela profissão do condutor.
O vídeo do incidente viralizou, expondo a atitude agressiva e desrespeitosa da passageira, que afirmou ser médica no momento da discussão. No entanto, após investigações, descobriu-se que nas redes sociais, ela se identifica como nutricionista e compartilha detalhes sobre sua especialidade e rotina de trabalho em um hospital. Essa informação gerou ainda mais indignação nas redes sociais e trouxe à tona questionamentos sobre a veracidade de sua profissão e o comportamento inadequado demonstrado durante a corrida.
Veja o vídeo:
➡️Suposta médica humilha motorista de app em GO: "Empreguinho de m*rda"
Segundo o condutor, Guilherme Gusmão, as ofensas começaram quando o GPS deu problema para atualizar a localização, o que irritou a passageira pic.twitter.com/5IIbJk6tbG
— Metrópoles (@Metropoles) August 6, 2023
Em nota, a plataforma 99 Pop se manifestou sobre o ocorrido, condenando qualquer tipo de discriminação e assegurando que tem uma política de tolerância zero em relação a essas condutas. A empresa bloqueou o perfil da passageira e ofereceu suporte e acolhimento ao motorista Guilherme.
A Polícia Civil também entrou em ação para investigar o caso e determinar as medidas cabíveis diante da humilhação pública promovida pela passageira.
Além disso, o Conselho Regional de Nutrição foi procurado para confirmar a identificação profissional da mulher, mas até o momento não se manifestou a respeito.
Leia também: Assistente de piloto fica pendurado em balão e despenca do alto
A história serviu como alerta para a importância do respeito mútuo e do tratamento digno entre passageiros e motoristas em aplicativos de transporte.
A relação entre ambas as partes deve ser pautada pelo respeito, cortesia e tolerância, evitando qualquer tipo de ofensa ou discriminação.
Esse triste episódio também destaca a relevância do uso das redes sociais como meio de exposição de comportamentos inadequados, levantando questões sobre responsabilidade e consciência no ambiente digital. O caso provocou debates sobre as consequências de ações impensadas, especialmente em situações de exposição pública.
Em suma, o episódio lamentável em Anápolis reforça a necessidade de construir uma sociedade mais empática e respeitosa, tanto no mundo real quanto no virtual, promovendo um ambiente de convivência harmoniosa e civilizada em todas as esferas da vida cotidiana.