Durante a tarde desta quarta-feira (8), um grupo de moradores e manifestantes fechou uma faixa da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, no sentido capital, em decorrência da ausência de energia elétrica na região desde o temporal que atingiu a Grande São Paulo na sexta-feira (3).
Cerca de três mil imóveis estão há mais de 120 horas sem o fornecimento de eletricidade.
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A concessionária CCR ViaOeste, responsável pelo trecho, relatou que o ato teve início por volta das 17h36, no quilômetro 35, e houve o acendimento de objetos no local. A situação foi acompanhada por policiais militares.
Na terça-feira, um outro grupo já havia interditado uma faixa da Rodovia Raposo Tavares em protesto pelo mesmo motivo, bloqueando o km 32, próximo ao bairro Jardim Cotia.
As escolas em Cotia permanecem fechadas desde segunda-feira (6). A prefeitura informou que 80% das escolas municipais deveriam retomar as aulas nesta quarta, conforme comunicado na terça.
Em nota divulgada por volta das 13h30, o governo de São Paulo reportou que, em relação ao abastecimento de água, a Sabesp solicitava o uso consciente de água aos moradores da Grande São Paulo até a normalização total do sistema.
Embora o restabelecimento da energia em partes da capital e região metropolitana estivesse em andamento, o fornecimento de água ainda se recuperava em áreas mais críticas, como em pontos isolados em Cotia e Pirapora do Bom Jesus.
Na região da Marginal do Cadaval, em Carapicuíba, moradores fecharam parte da via e também acenderam fogo. A Guarda Civil Municipal interveio para liberar a via, segundo informações da prefeitura.
A prefeitura afirmou que solicitou à Enel a restauração da energia em áreas afetadas e que o Procon local está recebendo reclamações sobre prejuízos decorrentes da demora na retomada da eletricidade.
A prefeitura também destacou que os bairros Vilas Lourdes e Vila Artem ainda estão sem energia elétrica.
Na Avenida Giovanni Gronchi, na Zona Sul de São Paulo, um protesto na noite de terça-feira (7) resultou em um policial baleado na perna.
A Polícia Militar conseguiu dispersar a manifestação após a chegada do BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
A Secretaria da Segurança Pública informou que o policial foi levado ao hospital e recebeu atendimento médico.