Segundo os pais da modelo, o fogo começou depois de um curto circuito
Os pais de Mayara Ingrid Silva Nitão, modelo de 26 anos que faleceu após pular da janela de seu apartamento em São Paulo durante um incêndio, afirmaram ao jornal O Globo que o fogo começou devido a um “curto-circuito em uma tomada do imóvel”.
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O irmão de Mayara Ingrid Silva Nitão, César Henrique Silva Nitão, de 23 anos, que estava presente no momento do incidente e foi hospitalizado por inalação de fumaça, deverá receber alta hospitalar na segunda-feira.
Carlos César Nitão, radialista, e Geraldina Kelly Silva, empresária, ambos moradores da Paraíba, relataram que seus filhos viviam juntos há quatro anos em São Paulo e há pelo menos um ano no apartamento localizado na Rua do Rocio, no bairro Itaim Bibi.
Segundo os pais, o curto-circuito começou em uma tomada atrás do sofá na sala. César Henrique Silva Nitão, que estava dormindo no segundo quarto, acordou com o apartamento cheio de fumaça e tentou salvar sua irmã, que estava no primeiro quarto com a porta trancada.
No entanto, quando ele arrombou a porta, Mayara Ingrid Silva Nitão já havia pulado da janela do apartamento, localizado no sexto andar do prédio, na tentativa de escapar das chamas.
“Quando ele chegou perto dela, ela ainda estava respirando, mas disse que foi tudo muito rápido, menos de três minutos – detalha o pai, abalado – É muito difícil perder um filho, é algo que a gente não espera. Perdi meu chão. Ela era tão brincalhona, risonha, feliz, estava deslanchando na carreira”.
Carlos César Nitão, que é jornalista e mora com sua esposa em Itaporanga, cidade do interior da Paraíba, a 490 quilômetros de João Pessoa, chegou em São Paulo com sua família na madrugada de domingo.
Ambos foram atendidos pelo pronto-socorro do aeroporto devido a picos de pressão alta.
“Estou destruída. Ela era nossa primogênita e eu nem consegui me despedir dela. Não sei o que será da minha vida agora. Não consegui nem ver meu filho, porque eu vou começar a chorar e ele vai saber a verdade. Os dois eram muito próximos e ele ainda não sabe sobre a morte da irmã. Neste momento é crucial a recuperação dele e o emocional pode ser um fator importante. Acredito que contaremos amanhã” contou a mãe.
Os pais agora enfrentam a burocracia do translado do corpo de Mayara Ingrid Silva Nitão para João Pessoa.
O velório ocorrerá em Itaporanga, onde a cidade já decretou luto de três dias. O último desejo de Mayara era ser cremada.
“Ela adorava a França. Ela morou lá por um período e dizia que era o país dela, por isso na primeira oportunidade que tivermos, levaremos suas cinzas para lá e jogaremos na cidade de Champagne” relatou a mçae de Mayara Ingrid Silva Nitão.
A família planeja retornar à Paraíba na terça-feira, mas tudo dependerá da alta hospitalar de César Henrique Silva Nitão, prevista para segunda-feira.