O Grupo SideWalk, uma das marcas tradicionais do mercado de artefatos de couro, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O objetivo é reestruturar uma dívida avaliada em R$ 25,57 milhões. A empresa também solicitou a concessão de tutela de urgência para antecipação do “stay period”, período de suspensão das ações e execuções contra a empresa.
Leia também: Dona do Pizza Hut, Taco Bell e KFC sente dura queda no consumo de fast food
Justiça Concede Tutela de Urgência
Nesta terça-feira (6), o TJSP concedeu a antecipação de tutela, suspendendo o curso da prescrição das obrigações dos devedores sujeitas à recuperação judicial e todas as execuções ajuizadas contra eles. A decisão inclui a proibição de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão dos bens da SideWalk, provenientes de demandas judiciais ou extrajudiciais.
Credores e Fornecedores Envolvidos
Os principais credores do grupo são os bancos Santander, Bradesco, Daycoval e Sofisa. O Tribunal também determinou que as empresas fornecedoras de serviços essenciais continuem prestando seus serviços, mesmo com os débitos sujeitos à recuperação judicial.
Impacto da Pandemia e Outros Fatores Econômicos
Segundo a defesa da SideWalk, a empresa vinha crescendo de forma sólida, expandindo suas lojas em todo o Brasil ao longo de seus 42 anos de história. No entanto, a pandemia de Covid-19 interrompeu suas atividades, prejudicando as vendas e resultando em perdas significativas no faturamento. Além disso, a continuidade das cobranças de aluguéis altos durante a pandemia, aumento de impostos, juros elevados e alta nos custos de mercadorias como borracha e algodão contribuíram para a crise financeira.
Operações Continuam Normais
Apesar do pedido de recuperação judicial, o grupo SideWalk afirma que suas operações continuam normalmente nas lojas próprias, no Centro de Distribuição e na Central Administrativa. As 20 franquias espalhadas pelo país não fazem parte do pedido de recuperação judicial e, portanto, não são impactadas.
Para mais informações e atualizações sobre este caso, siga a gente no Google News