A empresa chinesa tomou a decisão de investir no país, para se livrar do aumento da taxação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista à rádio CBN nesta sexta-feira (5) que a mudança na postura do governo federal sobre o fim da isenção de imposto em compras internacionais entre pessoas físicas até US$ 50 foi uma resposta ao recuo da Shein, que se comprometeu a investir no Brasil.
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Segundo o ministro, a Shein assinou uma carta se comprometendo a produzir e gerar 100 mil empregos no Brasil, pagando impostos no país. “Não tem cabimento o que a Shein estava fazendo”, afirmou Haddad.
No entanto, o ministro reconheceu que o governo e ele próprio precisam encontrar melhores meios de comunicação.
Haddad admitiu as falhas de comunicação do governo, dizendo que “a comunicação precisa melhorar muito”. Ele afirmou que o governo está fazendo muitas coisas corretamente, mas precisa “bater mais bumbo” sobre o que está acontecendo.
Em abril, o governo havia anunciado o fim da isenção até US$ 50 nas compras internacionais entre pessoas físicas como uma maneira de apertar o cerco a essas tentativas de fraude e sonegação. No entanto, a medida foi mal recebida, com críticas na internet e envolveu até uma articulação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. O governo recuou e decidiu manter a isenção.
Apostas online
Haddad também mencionou a proposta para a tributação das apostas online, que já está com a Casa Civil.
O ministro sugeriu que o assunto pode ser anunciado com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Brasil, após sua viagem ao Reino Unido para a coroação do rei Carlos III. Segundo Haddad, as medidas que serão tomadas estão de acordo com as práticas que estão sendo adotadas em países desenvolvidos.
“Estamos adotando práticas que estão sendo consensuadas pelos países desenvolvidos”, disse o ministro, sem dar detalhes. “A uniformidade acaba fazendo com que a empresa cumpra as regras dos países.”