A Petrobras anunciou na manhã de segunda-feira (11) uma redução de 8,1% no preço do gás natural vendido às distribuidoras
A redução pode resultar em uma diminuição de até 6% na conta final do consumidor no caso do GNV e 1% no gás encanado residencial. As estimativas são do sócio da consultoria ARM e ex-presidente da Ceg, Bruno Armbrust. O especialista explica que o valor final cobrado a consumidores residenciais e empresariais é composto pela variação da molécula em si, a margem das empresas e os tributos que incidem no segmento, o que pode levar a uma oscilação nas reduções entre 1% e 6%, dependendo do tipo de cliente final.
Resumo da Notícia
- A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (11) uma redução de 8,1% no preço do gás natural vendido às distribuidoras em reais por metro cúbico a partir de maio.
- A queda no preço pode reduzir a conta do consumidor final em até 6% no caso do GNV (gás natural veicular) e até 1% no caso do gás encanado residencial.
- As reduções podem oscilar entre 1% e 6%, dependendo do tipo de cliente final, e são compostas pela variação da molécula, a margem das empresas e os tributos que incidem no segmento.
- O preço do GNV terá o maior impacto, pois o custo do gás tem peso entre 70% e 75% do valor final.
- A redução acumulada do preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras será de aproximadamente 19% no acumulado do ano.
- O preço final do gás natural ao consumidor é determinado ainda pelas margens das distribuidoras, dos postos de recenda (no caso do GNV), além de tributos federais e estaduais.
- As tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais.
- A redução já era esperada pelo mercado, devido à queda no valor do barril tipo Brent e aos custos de transporte pelos dutos.
+ Brasileiros podem conseguir até 100% de desconto na conta de luz, veja como conseguir o benefício
O GNV terá o maior impacto, já que o custo do gás tem peso entre 70% e 75% do valor final, resultando em uma redução estimada entre 5,5% e 6% no consumidor final. Já no caso do gás consumido pela indústria, segmento em que a molécula tem peso entre 35% e 55% no valor final do gás, a redução da tarifa final deve oscilar entre 2,5% e 4,5%. No entanto, entre os clientes residenciais, o impacto será menor, já que a molécula tem peso de cerca de 15% no preço final, podendo resultar em uma redução de 1% no consumidor final residencial.
Armbrust afirma que a redução já era esperada pelo mercado devido à queda no valor do barril tipo Brent, que passou de US$ 125 para US$ 70 no período de um ano, mas alerta que o corte de produção da OPEP pode levar a uma subida do preço do gás em agosto, caso a taxa de câmbio não ajude.
Segundo a Petrobras, os contratos com as distribuidoras de gás preveem atualizações nos preços a cada três meses com base no preço da molécula e dos custos de transporte pelos dutos. A queda anunciada a partir de maio se refere aos meses de fevereiro, março e abril, período em que o barril do petróleo acumulou queda de 8,7% e do dólar subiu 1,1%, além da variação de 0,2% do IGPM, que baliza os custos de transporte do gás. A estatal informou que o preço final do gás natural ao consumidor é determinado ainda pelas margens das distribuidoras, dos postos de recenda (no caso do GNV), além de tributos federais e estaduais, e que as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais. A redução acumulada no preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras no acumulado do ano será de aproximadamente 19%.