A alta pode ser justificada pelo aumento da Selic, que influencia as taxas vinculadas a financiamentos imobiliários
O Índice FipeZap+ divulgou um levantamento sobre o valor dos aluguéis de imóveis no Brasil, que subiram cerca de 17,05% no acumulado de 12 meses, registrando o maior percentual desde dezembro de 2011. A alta pode ser justificada pelo aumento da Selic, que influencia as taxas vinculadas a financiamentos imobiliários. Como os brasileiros têm encontrado mais dificuldades para financiar a casa própria, a procura por imóveis para alugar tem aumentado, explicando o aumento no valor da locação.
O que você precisa saber
- Valor do aluguel de imóveis no Brasil está cerca de 17,05% mais caro no acumulado de 12 meses, o maior percentual desde dezembro de 2011.
- Alta da Selic influencia as taxas vinculadas a financiamentos imobiliários, o que dificulta o financiamento habitacional.
- Procura por imóveis para alugar aumenta, o que explica o aumento no valor da locação.
- Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve um aumento dez vezes maior do que a alta acumulada, fechando em 1,86%.
- Cidades brasileiras que possuem o aluguel mais caro do Brasil: Barueri (SP), São Paulo (SP), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Santos (SP).
- Necessidade do Banco Central reduzir a taxa Selic é urgente, já que a taxa de juros em alta (13,75%) dificulta o financiamento habitacional.
- Melhora na renda dos brasileiros pode impulsionar o mercado imobiliário.
- Cidades que possuem o metro quadrado mais caro para quem deseja comprar a casa própria: Balneário Camburiú (SC), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também apresentou aumento, fechando em 1,86%, dez vezes maior do que a alta acumulada. O IGP-M é conhecido como a inflação dos aluguéis e é frequentemente utilizado na correção de contratos.
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Barueri (SP) lidera a lista de cidades brasileiras com os aluguéis mais caros, com um preço médio de R$ 51,57 por m². São Paulo (SP), Recife (PE), Florianópolis (SC) e Santos (SP) completam a lista.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) considera urgente a necessidade de o Banco Central reduzir a taxa Selic, que atualmente está em 13,75%, para facilitar o financiamento habitacional. No entanto, a associação acredita que o mercado imobiliário pode ter um bom crescimento este ano com a melhora na renda dos brasileiros.
Para quem deseja comprar a casa própria, as cidades com o metro quadrado mais caro são Balneário Camburiú (SC), com um preço médio de R$ 11.876,00 por m², seguida por São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), com preços médios de R$ 10.304,00, R$ 9.882,00 e R$ 8.795,00 por m², respectivamente.