A Uber alcançou um marco histórico há muito perseguido, apresentando resultados expressivos no segundo trimestre de 2023. Pela primeira vez em sua história, a empresa registrou um lucro operacional, interrompendo as perdas em suas divisões de transporte de passageiros e delivery.
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No período divulgado nesta terça-feira, 1º de agosto, a companhia relatou um lucro líquido impressionante de US$ 394 milhões, juntamente com uma receita de US$ 9,23 bilhões. Comparativamente, no segundo trimestre de 2022, a empresa havia registrado prejuízo de US$ 2,6 bilhões e receita de US$ 8,07 bilhões.
Essa notável transformação resultou em um lucro por ação de US$ 0,18, em comparação com a perda de US$ 1,33 por papel no mesmo período do ano anterior. Além disso, o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou em surpreendentes 152%, atingindo US$ 916 milhões.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, atribuiu os resultados excepcionais à “manutenção de uma demanda robusta e continuidade na disciplina de custos”. Durante o trimestre, a plataforma registrou um aumento de 12% no número de usuários, chegando a impressionantes 137 milhões de usuários em todo o mundo. Além disso, foram realizadas nada menos que 2,28 bilhões de viagens, o que representa um crescimento de 22%.
Apesar dos resultados impressionantes, as ações da Uber tiveram uma leve queda de quase 5% no início do dia, após um aumento de 4% na sessão anterior. No entanto, ao longo do ano, a empresa acumulou uma valorização notável de 86% em seu valor de mercado, chegando a uma avaliação atual de cerca de US$ 95,1 bilhões.
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A receita gerada pelas viagens foi o principal destaque do trimestre, apresentando um crescimento de 40% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 4,89 bilhões. Já a divisão de entrega (delivery) teve um crescimento sólido de 14%, atingindo US$ 3,05 bilhões. Por outro lado, a divisão de frete (Freight) registrou um declínio de 30% no período, gerando uma receita de US$ 1,27 bilhão.
Embora a Uber não divulgue dados específicos sobre suas operações no Brasil em seu balanço trimestral, a empresa informou que a receita da América Latina aumentou 30% no segundo trimestre, totalizando US$ 627 milhões. Nos EUA e Canadá, o faturamento cresceu 4%, totalizando US$ 5,12 bilhões.
Apesar de a Uber já ter reportado números positivos em outras ocasiões, é a primeira vez que o lucro operacional não é marcado por números vermelhos.
ERROS PASSADOS
Em relação a outros dados financeiros da empresa, a companhia encerrou o trimestre com impressionantes US$ 4,99 bilhões em caixa (incluindo equivalentes), acima dos US$ 4,2 bilhões registrados no final do ano anterior. No entanto, os passivos da empresa totalizaram US$ 24,2 bilhões, um aumento em relação aos US$ 23,6 bilhões no início deste ano.
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Para o próximo trimestre, a Uber tem expectativas elevadas, esperando que o valor transacionado em sua plataforma alcance US$ 35 bilhões, superando os US$ 33,6 bilhões do segundo trimestre. A empresa também estima um Ebitda entre US$ 975 milhões e US$ 1,03 bilhão. O futuro parece promissor para a gigante dos aplicativos de transporte e delivery.
