O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reacendeu o debate sobre a rescisão do contrato com a Enel, empresa responsável pelo abastecimento de energia elétrica na cidade, após o apagão ocorrido na região central. Nesta sexta-feira, 22, ele enviou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) solicitando que a distribuidora seja responsabilizada pela falta de luz que afetou diversos bairros, três hospitais de grande porte e pelo menos 35 mil pessoas nesta semana.
Embora a Enel não tenha comentado diretamente o posicionamento do prefeito municipal, a empresa ressaltou que “restabeleceu o fornecimento de energia para praticamente a totalidade dos clientes impactados pelo desligamento na região de Santa Cecília e República ocorrido na quinta-feira, 21”.
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Além de pedir a fiscalização do contrato de concessão para o fornecimento de energia elétrica à cidade, o prefeito também reforçou ao Tribunal de Contas da União (TCU) sua solicitação de medidas efetivas contra a concessionária. O TCU é responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos federais, questões regulatórias e operacionais em setores da infraestrutura nacional, incluindo o de energia elétrica.
Desde o ano passado, Ricardo Nunes tem expressado sua insatisfação com a prestação do serviço pela Enel na capital paulista. O recente episódio de apagão, que iniciou na segunda-feira, 18, em vários bairros do centro da cidade, reforçou suas críticas.
A Enel justificou as dificuldades de restabelecimento da energia elétrica devido ao calor e à localização das redes. “No caso das regiões da 25 de Março e da Santa Cecília, a última ocorrência registrada no dia 21 foi agravada pelo excessivo consumo de energia associado às elevadas temperaturas, o que dificultou a recomposição das redes subterrâneas nessas regiões”, declarou a empresa.
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