O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou que a Polícia Federal (PF) investigue o influenciador e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por afirmar, sem apresentar provas, que o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) é “cheirador de cocaína”. A acusação, considerada grave, foi feita por Marçal em dois debates recentes, elevando a tensão na corrida eleitoral.
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Acusação e Reação do MPE
O pedido de investigação foi acolhido pelo promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior, da 2ª Zona Eleitoral, após a equipe de Boulos apresentar uma queixa formal. O MPE justificou que as alegações de Marçal têm o potencial de influenciar negativamente o eleitorado, especialmente em um contexto tão sensível como o das eleições.
As declarações de Marçal ocorreram durante debates televisivos, incluindo um promovido pela TV Bandeirantes na semana passada e outro realizado por Estadão, Terra e Faap nesta quarta-feira (14/8). No segundo debate, a tensão entre os candidatos quase resultou em confronto físico, quando Boulos reagiu às provocações de Marçal, que exibia uma carteira de trabalho, com um tapa no objeto.
Posicionamento das Campanhas
A equipe jurídica de Pablo Marçal se pronunciou sobre o pedido de investigação, afirmando que o procedimento faz parte do processo legal e que o candidato demonstrará sua inocência. “É legítimo que todo aquele que se sinta vítima comunique às autoridades, que têm o dever de apurar. Estamos confiantes de que Pablo Marçal demonstrará, mais uma vez, sua inocência”, declarou a assessoria em nota.
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Por outro lado, Guilherme Boulos já havia conseguido uma vitória parcial na Justiça Eleitoral, que determinou a remoção de vídeos publicados por Marçal. Nos vídeos, o influenciador relacionava Boulos ao consumo de cocaína, também sem apresentar qualquer evidência.
Aumenta a Tensão na Corrida Eleitoral
A disputa pela Prefeitura de São Paulo, já acirrada, ganhou contornos ainda mais dramáticos com essas acusações. Os ataques pessoais entre Boulos e Marçal não apenas elevam o tom da campanha, mas também colocam em questão a ética e a responsabilidade dos candidatos em suas comunicações com o eleitorado.
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