Morre atriz Léa Garcia aos 90 anos no dia em que seria homenageada em Gramado

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Grande atriz Léa Garcia faleceu nesta terça-feira, aos 90 anos de idade, durante sua estadia em Gramado, onde seria honrada com o troféu Oscarito pelo conjunto de sua obra no 51º Festival de Cinema de Gramado. A notícia foi confirmada por familiares através das redes sociais da artista.

A comoção tomou conta do mundo do entretenimento com a perda da querida Léa Garcia. Ela havia sido convidada para receber o prestigioso troféu Oscarito, em reconhecimento à sua ilustre carreira no cinema, teatro e televisão. A cerimônia estava marcada para acontecer durante a manhã desta terça-feira, como parte do Festival de Cinema de Gramado.

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Segundo informações do filho da atriz, Marcelo Garcia, Léa Garcia sofreu um infarto fatal.

Apesar de ter sido prontamente encaminhada ao Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, a atriz não resistiu.

O último final de semana havia visto a presença luminosa de Léa Garcia no tapete vermelho do festival, onde deixou sua marca uma última vez. O tributo planejado para celebrar sua contribuição à indústria cinematográfica, juntamente com Laura Cardoso, agora assume um tom de memória carinhosa.

Carreira de Léa Garcia

Nascida no Rio de Janeiro, Léa Garcia começou sua jornada no mundo da atuação aos 19 anos, estrelando na peça “Rapsódia Negra,” de Abdias do Nascimento. Ao longo de sua carreira brilhante, a atriz acumulou participações em mais de cem produções no cinema, teatro e televisão. Seus notáveis papéis renderam-lhe quatro Kikitos, prêmio do cinema brasileiro, pelos filmes “As Filhas do Vento” (2005), “Hoje Tem Ragu” (2008) e “Acalanto” (2012).

Em 1957, Léa Garcia foi indicada ao prêmio de Melhor Interpretação Feminina no prestigiado Festival de Cannes, por seu papel em “Orfeu Negro.” Ao longo de sua carreira, ela foi uma voz de mudança, sempre empenhada em derrubar barreiras e promover a representatividade:

— A homenagem reflete o reconhecimento de uma trajetória digna e repleta de amor pela arte. Entretanto, é uma oportunidade para refletirmos: como podemos integrar a comunidade negra de forma mais ampla no processo produtivo do cinema brasileiro? Devemos encarar o cinema não apenas como entretenimento, mas como uma plataforma para promoção e discussão em todos os seus aspectos — compartilhou recentemente em uma entrevista ao jornal Donna.

Léa Garcia também se destacou em papéis icônicos de novelas, como “Selva de Pedra” (1986), “Xica da Silva” (1996) e “O Clone” (2001). Seu legado ecoará nas lembranças e nas contribuições valiosas que ela fez para a indústria do entretenimento brasileiro.

Daniel Vicente
Daniel Vicente

Sou um entusiasta da informação, natural de Brasília. Atualmente, mergulho nos estudos de Ciências Políticas. Aqui, você encontrará análises aprofundadas sobre política, economia e assuntos globais. Vamos explorar juntos o vasto universo do conhecimento!

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