Montadoras estão reconsiderando suas decisões após projeção de melhorias no mercado de automóveis do Brasil
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, projeta um aumento nas vendas de 200 mil a 300 mil veículos após a implementação do pacote de incentivos anunciado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as montadoras têm a expectativa de que os incentivos tenham uma validade de pelo menos um ano, a fim de que os efeitos sejam duradouros. No entanto, o prazo ainda não foi definido pelo Ministério do Desenvolvimento.
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Conforme o presidente da Anfavea, três montadoras que planejavam interromper a produção nos próximos dias reconsideraram suas decisões. Entre elas está a Volkswagen, que cancelou as férias coletivas previamente programadas para sua fábrica em Taubaté (SP).
A entidade acredita que a redução nos preços dos automóveis e a maior facilidade de acesso ao crédito podem beneficiar os consumidores que atualmente estão fora do mercado de veículos zero-quilômetro.
Incentivo temporário
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista nesta sexta-feira, em que reafirmou que o programa de desoneração de veículos, anunciado recentemente pelo governo, terá uma curta duração e tem como objetivo impulsionar as vendas no setor até que os juros comecem a cair, algo que ele prevê que acontecerá em breve.
Haddad descreveu o programa direcionado ao setor automotivo como sendo de curto prazo, com uma duração de três a quatro meses, destinado a evitar o fechamento de fábricas no Brasil.
“Não é um programa de longo prazo, é um programa de curto prazo, que vai durar alguns meses este ano. Tenho certeza de que retomaremos o financiamento quando a taxa de juros começar a cair”, afirmou Haddad.
